A esfinge decalcada: intertextualidade na adaptação de Bellini e a Esfinge

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Delboni, Natália Oliveira Conte [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143974
Resumo: A adaptação cinematográfica passou a ser, há décadas, um dos expedientes mais vantajosos e lucrativos da indústria do cinema. E tal fenômeno não é recente. Filmes “inspirados” em obras literárias acompanham toda a história do cinema. Há muito, um gênero específico - que mais tarde seria chamado de noir - despontava como uma fonte para adaptações a partir de contos e romances publicados em livros ou revistas populares. O noir cinematográfico, gênero cujo apogeu se deu no início da década de 40 até o final dos anos 50, tendo sua “origem” nas letras, hoje espraia-se em produções nos dois meios, a literatura e o cinema, mostrando-se em uma relação simbiótica, recíproca de inflexões. Tal fenômeno como o noir não aconteceu somente nos Estados Unidos, ou melhor, trata-se de algo transnacional. No Brasil, algumas obras de ficção noir também expressaram uma permanente relação entre cinema e literatura, como nas obras de Rubem Fonseca. Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise estilística do filme Bellini e a Esfinge, adaptação literária do romance homônimo de Tony Bellotto, cotejando-o com filmes clássicos do gênero noir. Busca-se, ainda, situar o filme, dirigido por Santucci em um “caso” em que a relação com a “matriz” norte-americana absorve e se associa a outros vieses audiovisuais, o que nos convida a alargar a dimensão do olhar para a questão da adaptação. Como base teórica recorremos ao problema da intertextualidade, em autores como Mikhail Bakhtin, Júlia Kristeva e Ingedore Koch. Para a análise fílmica, recorreremos a David Bordwel e Jaques Amont, entre outros.