A educação sexual como ferramenta de combate à objetificação da mulher negra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Elton Vinicius Lima dos Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192086
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo estudar a questão da objetificação sexual da mulher negra na contemporaneidade brasileira, verificando como este comportamento preconceituoso tem suas raízes nos abusos sexuais que foram cometidos contra as escravizadas negras em todo o período da escravidão no Brasil e apresentar a Educação Sexual como ferramenta útil para ajudar a combater estes preconceitos. A pesquisa é de natureza qualitativa e busca através de análises de obras de teóricos, principalmente, das áreas da história, sociologia, filosofia, educação e educação sexual, os dados para atingir seus objetivos. Como resultados a pesquisa constata a presença de ideias e comportamentos presentes na sociedade brasileira que de fato apontam para uma visão objeticante da mulher negra. Esta realidade se manifesta quando o valor de uma pessoa é resumido a dimensão sexual de seu ser. Esse comportamento se reflete nos papeis que a sociedade destina à mulher negra: ela deve ser a “mulata” produto de atração para turismo sexual, a empregada doméstica que não deve se ofender em ser violentada por seu patrão, aquela não tem honra a preservar e que não serve para casar; afirma que este quadro foi culturalmente construído a parti da escravidão dos negros no Brasil que teve como base a negação de sua plena humanidade; aponta a Educação Sexual como alternativa viável para a desconstrução destes preconceitos e estigmas e indica que projetos de Educação Sexual em escolas, lares, igrejas, associações, hospitais etc, podem conscientizar indivíduos sobre seus direitos sexuais, sobre como exercê-los de forma livre e feliz e sobre como assumir sua responsabilidade social na luta para que todos sejam respeitados como seres humanos plenos e livres.