Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Souza, Tamires Doroteo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192207
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Resumo: |
A lagarta do algodão, Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) é uma das mais importantes pragas da agricultura mundial. Os danos causados por essa espécie ocorrem desde a emergência da planta. O uso desordenado de produtos químicos para controlar essas lagartas acelerou o desenvolvimento de resistência e têm causado efeitos adversos aos inimigos naturais, tornando-se uma grande preocupação ambiental. Diante disso, a busca por medidas alternativas que visam diminuir esses impactos aumenta. Agente de controle microbiano é considerada uma alternativa eficiente e segura, especialmente o uso de fungos entomopatogênicos. As principais espécies de fungos entomopatogênicos utilizadas são Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, essas têm sido utilizadas para controlar insetos pragas de várias ordens, e a variabilidade genética presente nesses microrganismos é muito alta, possibilitando estudos de seleção de isolados fúngicos para o desenvolvimento de formulações eficientes em condições de laboratório e campo. Assim, o objetivo desse trabalho foi selecionar isolados dos fungos entomopatogênicos B. bassiana e M. anisopliae para controle de H. armigera em condições de laboratório e campo (persistência) considerando os efeitos letais e subletais. Nos primeiros bioensaios utilizou-se 23 isolados, sendo 10 isolados de M. anisopliae e 13 de B. bassiana avaliando a interação das lagartas e os isolados fúngicos. Para isso foram confeccionadas tabelas de vida e realizados testes de mortalidade, efeitos subletais e virulência com 200 lagartas do 2º ínstar de H. armigera. Os isolados que apresentaram mortalidade superior a 80% até o sétimo dia de avaliação foram selecionados para etapa posterior do estudo. A virulência foi mensurada pela estimativa da CL50, com emprego da análise de Probit. Nos efeitos subletais utilizou-se o procedimento de bootstrap para estimar as médias e erro padrão dos parâmetros biológicos, tempo de desenvolvimento, fecundidade e longevidade das lagartas sobreviventes. A avaliação de persistência pulverizou-se suspensões fúngicas na cultura da soja no estágio fenológico v3, nas safras 2018/2019 e 2019/2020 com um isolado de cada fungo sendo os mais promissores do resultado de mortalidade. No momento da pulverização as caldas apresentavam uma concentração 108 conídios.mL-1. Após a pulverização dos tratamentos, foram coletados folíolos contando-os em discos foliares em oito tempos (0.5, 1, 2, 3, 4, 5, 6, e 7 horas após a aplicação) totalizando 55 discos de folhas por tratamento/avaliação. A avaliação da presença do fungo nas folhas, 150 µL da suspensão fúngica composta por água e discos foliares foram vertidas em placa do tipo Rodac, com meio de cultura. Após 72 horas de inoculação foi realizada a contagem das Unidades Formadoras de Colônia como indicativo da persistência do fungo. Os ensaios de suscetibilidade de H. armigera, foram utilizadas 50 lagartas para cada tempo de coleta e oferecido um disco de folha com os tratamentos fúngicos. A avaliação da mortalidade foi feita no final de sete dias. B. bassiana apresentou maior número de isolados promissores do que o fungo M. anisopliae. Os ensaios de suscetibilidade demostraram que os isolados de M. anisopliae e B. bassiana afetam a biologia do inseto, em termos de custos adaptativo, sobrevivência e reprodução, com redução dos parâmetros da tabela de vida. A avaliação de persistência foi demostrado que B. bassiana foi infectivo durante as oito horas de avaliação, sendo mais persistente do que o M. anisopliae que no primeiro ano persistiu por três horas a no segundo ano com temperaturas mais amenas durou cinco horas. A mortalidade de H. armigera diminuiu com o aumento das horas após a aplicação, sendo que nas três primeiras horas ocorreu maior porcentagem para os dois fungos. |