Relações tróficas dos camarões Penaeoidea e fauna acompanhante pescados no litoral de Ubatuba, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Galli, Giovanna Mielli [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193582
Resumo: Ubatuba (estado de São Paulo) é uma região de transição faunística, onde há um processo de mistura e instabilidade das massas de água de origens tropicais e subantárticas em escalas temporais e batimétricas. A área de estudo faz parte de uma grande plataforma continental do sudeste do Brasil, e a pesca de arrasto camaroeira é um dos métodos de captura mais utilizados. Como principais recursos marinhos rentáveis coletados temos os camarões peneídeos, sendo os principais os camarões-rosa (Farfantepenaeus brasiliensis e Farfantepenaeus paulensis) e os camarões sete-barbas (Xiphopenaeus spp.). Com a pesca de arrasto na região, as comunidades bentônicas receberam uma grande atenção nos últimos anos, visto que há uma preocupação ecológica com os possíveis impactos que essa pesca pode causar. Desta forma, os objetivos da dissertação consistiram em caracterizar e identificar possíveis variações sazonais da teia trófica da região de Ubatuba, e identificar o hábito alimentar dos camarões de alto valor comercial (camarão-rosa, camarão sete-barbas e camarão branco). Os organismos coletados foram analisados quanto aos valores isotópicos (δ13C e δ15N). A partir do carbono é possível identificar as preferências alimentares, e com o nitrogênio, a posição e o nível trófico dos grupos são delimitados. Desta forma, Ubatuba conferiu uma elevada biodiversidade marinha residente e migrante, a qual apresenta modificações entre o inverno e verão e, consequentemente, os recursos disponíveis para alimentação também diferiram. Com a intensa pesca não seletiva de arrasto, os camarões e fauna bycatch são altamente explorados, o que prejudica as relações ecológicas interespecíficas e, consequentemente, a teia trófica do ambiente. O conhecimento sobre as posições tróficas, preferências alimentares e teia da região são fundamentais para o manejo dos recursos pesqueiros desenvolvidos através de previsão do status da biodiversidade marinha num futuro próximo.