Diálogos interdisciplinares: a relação entre história e psicanálise nas obras de Peter Gay

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lino, Raphael Cesar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/254957
Resumo: Resumo: Nesta tese busco trabalhar com o diálogo interdisciplinar entre história e psicanálise por meio do trabalho específico do historiador naturalizado estadunidense, Peter Gay (1923-2015), tomando como objeto de análise a coleção A experiência burguesa – da Rainha Vitória à Freud, publicadas no Brasil entre 1989 e 2001. A relação entre os dois campos do saber é discutida a partir de um debate teórico sobre a interdisciplinaridade compreendida como parte do desenvolvimento das ciências de um modo geral, apontando para a especificidade deste movimento na história. Com efeito, exploro sobretudo o contato da psicanálise em diferentes contextos historiográficos, em especial europeu e anglo-saxão. Em seguida, busco dar à luz ao método de trabalho desenvolvido por Peter Gay entre os anos 1950 e 1980, num período de intensas pesquisas e publicações, dentro do qual defendo a existência de uma reflexão epistemológica que caminhou no desenvolvimento de uma teoria da história conduzida pela psicanálise. A psicanálise é então apropriada pelo autor como uma visão interpretativa de mundo, que pode elucidar e responder questões relativas ao conhecimento histórico, direcionada a uma psicologia da experiência humana no tempo. Em paralelo, observo que há no trabalho freudiano uma concepção de filosofia da história que define uma visão particular do psicanalista vienense em relação à história. Com esse panorama em mãos, analiso a coleção supracitada considerando-a nesta dupla interseccionalidade, dentro de uma concepção teleológica de história, que observa a experiência humana num contexto social, das classes médias, cronologicamente determinado, século XIX e início do século XX.