Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Franzoni, Maria Auxiliadora [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/103681
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Resumo: |
Diario de un poeta reciencasado (1917) é o livro que dá entrada à segunda época da poesia de Juan Ramón Jiménez. Ele é um elo entre as duas épocas do poeta: estabelece a unidade, a continuidade, mas também as mutações. Nada é tão importante no Diario quanto seu profundo e misterioso simbolismo. Um aspecto a que Juan Ramón Jiménez se mantém fiel desde o início de sua poesia e que se reforça é manter com a natureza e com a mulher uma ambígua relação de profunda e recíproca atração e aversão. Nesse processo o poeta acaba por colocar-se à distância, olhando e corrigindo. Ao isolar-se da natureza e da mulher, ao observar de longe, ao enquadrá-las em cenas, mantendo a atitude de um voyeur que tudo vê - mas corrige - o poeta constrói sua arte. O espaço e o tempo passam a ser mostrados em dimensões diferentes. São essas novas relações do eu poético com a natureza, com a mulher, com o espaço, com o tempo e com sua alma que fazem de Diario de un poeta reciencasado uma obra metafísica. Sob esse enfoque analisamos seus poemas nos caminhos da terra, do mar e do céu, enfatizando que esses caminhos marcam a entrada de Juan Ramón na segunda e última época de sua poesia e concorrem para a construção do que foi o signo da escola juanramoniana: a poesia em movimento. |