Conhecimento das mulheres sobre os possíveis danos associados à exposição fetal ao álcool: uma avaliação intermunicipal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bakargi, Giselle Morais Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/166106
Resumo: O Serviço Social é uma profissão atuante no âmbito da saúde e está qualificada para tal. O consumo de álcool atinge índices cada vez mais altos e, por consequência do seu efeito teratogênico, quando consumido por gestantes é capaz de causar malformação fetal, o conjunto desses efeitos compõem o Transtorno do Espectro Alcoólico Fetal, estima-se que ocorram mais de 40.000 nascimentos de bebês acometidos por esses danos. Portanto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o nível atual de conhecimento sobre os possíveis danos relacionados a exposição ao álcool durante a gestação, na população feminina de duas cidades brasileira, Anápolis/GO e Franca/SP. O método empregado é de caráter não experimental, transversal e descritivo. Para levantamento de dados foram utilizados uma ficha de dados sociodemográficos e um questionário de avaliação do conhecimento baseado no “FASD Questionnaire”, instrumento desenvolvido e aplicado em pesquisas canadenses. A amostra total foi composta por 105 mulheres, 51 residentes em Anápolis e 54 em Franca. Os resultados deste estudo apontaram que, de acordo com as participantes, os comportamentos mais importantes que as mulheres grávidas podem fazer para aumentar a probabilidade de ter um bebê saudável englobam: 1º Fazer o pré-natal (35,3%); 2º e 3º Ter boa nutrição (32,4% e 16,2%, respectivamente). Diminuir ou parar de consumir álcool no período gestacional foi considerado com a primeira atitude a ser colocada em prática por menos de 1% da amostra total. Ocorreu prevalência de uma crença unânime de que quanto mais álcool uma mulher grávida ingere, mais danos isso poderá causar ao bebê (93,3%), e que o uso de álcool durante a gravidez leva a deficiências ao longo da vida em uma criança (90,5%). Esse índice cai para 47,6% quando sugere o consumo de pequenas quantidades. 46,7% informou que os efeitos relacionados a essa exposição são evidentes. 82,9% da amostra relatou nunca ter ouvido falar da Síndrome Fetal Alcoólica, que é o caso mais grave do espectro, e 80%, das mulheres mães entrevistadas, informou que não recebeu nenhuma orientação médica sobre o assunto. Conclui-se que a execução de novos estudos, o desenvolvimento e a implementação de novos projetos que abordam a prevenção e o cuidado com milhares de crianças e adultos que possuem esse distúrbio do desenvolvimento precisam considerar a atenção às mulheres em idade fértil, não apenas as gestantes. As estratégias preventivas podem incluir atividades como promoção de saúde da população, medidas de controle de álcool, abordagens de conscientização multifacetária entre outros esforços de educação.