A educação integral como política educacional: Análise das produções acadêmicas paulistas (2007-2022)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Farias, Janaina Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251047
Resumo: Esse trabalho teve como objetivo a análise das pesquisas sobre educação integral produzidas nos cursos de pós-graduação em educação, em instituições paulistas de ensino superior, entre 2007 e 2022. Conceitualmente, a educação integral foi caracterizada como uma prática formal e institucionalizada voltada para formação humana completa, abrangendo o desenvolvimento físico, afetivo, emocional, cognitivo e social do estudante. Autores, como Coelho (2009), Leclerc e Moll (2012), Cavalier (2014), Colares e Oliveira, (2018) e Parente (2018), foram utilizados como referência para a compreensão desse conceito de educação integral e sua multiplicidade de abordagens. Entende-se que as discussões e propostas voltadas à promoção de educação integral no Brasil vêm sendo pesquisadas no campo da educação desde a aprovação da LDBEN (9394/96) e, mais intensamente, desde sua efetivação como parte das políticas educacionais, que têm como marco o Programa Mais Educação de 2007. A metodologia adotada foi qualitativa, do tipo bibliográfica e a Análise de Conteúdo (Bardin, 1977), constituindo-se na forma de interpretação dos dados. Foram selecionadas 164 teses e dissertações na temática da educação integral, a partir do banco de teses e dissertações da Capes, publicadas, no período de 2007 a 2022, pelos programas de pós-graduação das instituições de ensino superior do estado de São Paulo. Esses resultados permitiram observar elementos analíticos das tendências para o desenho da agenda das políticas públicas educacionais, tipificados por descontinuidades e transformações ao longo dos anos. Configura-se, desse modo, um campo relevante para pesquisas sobre as possibilidades e limitações da consolidação da educação integral como parte de um compromisso do Estado, com um projeto nacional para a formação integral dos estudantes. A análise desses trabalhos contribuiu, ainda, para a sistematização desse conhecimento e a compreensão das diferentes visões sobre a educação integral, possibilitando sistematizar um quadro explicativo, no qual se observou que a política pública educacional para a educação integral teve avanços relevantes, como a ampliação do tempo de permanência dos estudantes na escola e a inclusão de atividades extracurriculares. Outro resultado importante desta pesquisa indicou que os estudos publicados apontam, majoritariamente, para a necessidade de superação de desafios estruturais, como a falta de investimentos em infraestrutura e formação dos profissionais da educação para atuarem na educação integral. Nas conclusões, as análises dessas publicações permitiram a configuração de uma tendência de abordagem da educação integral como prática educativa institucionalizada mais completa e inclusiva. Ao final, foi possível, ainda, realizar considerações finais sobre as mudanças pelas quais a compreensão sobre educação integral tem ocorrido em termos de contexto, concepções, características e atores, no período analisado de 2007 a 2022.