Sistemas descentralizados de tratamento de esgoto doméstico: avaliação da eficiência de mídias parabólicas em sistemas MBBR para aplicação em contextos urbanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferreira, Marcella Moretti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251843
Resumo: O lançamento de esgoto sem tratamento nos corpos hídricos afeta de maneira negativa a qualidade das águas, meio ambiente e a saúde pública. No entanto, o acesso aos serviços de saneamento ocorre de maneira desigual, inclusive em grupos atendidos pela rede pública, sendo as pessoas mais pobres e pertencentes a grupos historicamente excluídos os mais afetados, evidenciando a necessidade de adoção de estratégias mais inclusivas na expansão do atendimento dos serviços. Os sistemas descentralizados têm se mostrado uma opção promissora para a complementação do atendimento tradicionalmente feito através de sistemas centralizados por serem mais compactos e apresentarem menores custos de instalação, operação e manutenção. A revisão dos últimos 20 anos em pesquisas sobre o uso de sistemas descentralizados para tratamento de esgoto doméstico no Brasil identificou que estes sistemas podem ser potencialmente utilizados em 79% dos municípios do país. Porém, poucos estudos exploram alternativas para o contexto urbano. Visando a aplicação de sistemas descentralizados compactos para tratamento de esgoto doméstico em contextos urbanos, foi avaliada a eficiência, com foco na remoção de matéria orgânica, de dois reatores MBBR em escala de laboratório, utilizando uma mídia tradicional em formato cilíndrico (MBBR1) e uma mídia com formato parabólico (MBBR2), considerada uma tecnologia emergente. Em termos de COT (Carbono Orgânico Total), a eficiência alcançada pelos reatores MBBR 1 e MBBR 2 foi da ordem de 70% e 60%, respectivamente, sendo que a eficiência do reator MBBR1 foi significativamente superior à do MBBR2. As eficiências observadas convergem com valores observados em estudo com taxa de aplicação orgânica semelhante ao empregado nesta dissertação, porém abaixo da eficiência reportada em estudos que utilizaram altas taxas de aplicação de carga orgânica. Foi avaliada também, a composição da comunidade de microrganismos do biofilme dos reatores através do sequenciamento genético pelo método metagenômico do tipo shotgun. Os resultados mostraram grande semelhança na composição das comunidades biológicas, não justificando a diferença na performance dos reatores. Assim, a diferença na eficiência de remoção de matéria orgânica foi atribuída à diferença de carga orgânica superficial (COS) aplicada durante os ensaios práticos com os reatores em laboratório.