Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Souza, Ana Paula de Jesus |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255339
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Resumo: |
A Educação Física, enquanto componente curricular, é dotada de saberes referentes às manifestações culturais corporais, os quais devem fazer parte do repertório dos estudantes de toda a Educação Básica. Todavia, de modo geral, a Educação Física na Educação Infantil ainda apresenta tendências biologizantes atreladas ao desenvolvimento motor, desconsiderando o brincar como forma de ensino. Para a teoria histórico-cultural, a brincadeira de faz de conta é entendida como atividade principal do desenvolvimento infantil, portanto, via privilegiada para a promoção do desenvolvimento infantil. As práticas corporais de aventura (PCAs) vêm ganhando destaque na mídia, e atraem público para as diferentes experiências nos espaços públicos e privados. Nessa direção, o município de Cotia-SP tem se destacado nacionalmente como destino de ecoturismo e defende, no currículo escolar, a interdisciplinaridade no ensino associado ao contexto social dos estudantes que vivem em uma cidade turística e não têm acesso aos espaços de lazer. Embora as PCAs não sejam contempladas, de maneira explícita na Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil, são consideradas importantes para o desenvolvimento humano. Nesse contexto geral é que surgiu a questão norteadora deste estudo: é possível tratar as PCAs, na Educação Infantil? Assim, a proposta deste trabalho foi desenvolver o objeto de conhecimento práticas corporais de aventura, utilizando, como forma pedagógica, o brincar de faz de conta. O objetivo deste estudo foi planejar, organizar e propor uma sequência de aulas que focaliza pedagogicamente as vivências das práticas corporais de aventura (PCAs), a fim de possibilitar às crianças uma aproximação dos conhecimentos sobre esse tema. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, adotando o método da pesquisa-ação. A amostra foi composta por 30 crianças, de ambos os gêneros, com idade de cinco anos, matriculados na Educação Infantil da escola E. M. Bairro São Miguel do município de Cotia SP. A coleta de dados se deu através de gravações, fotos, vídeos e anotações em diário de campo. A análise desses dados foi realizada com a leitura minuciosa do do diário, codificação e categorização embasada nas três dimensões do conteúdo: Conceitual, Atitudinal e Procedimental. Nesse momento, buscou-se facilitar a verificação do conhecimento apropriado pelas crianças. Os resultados indicaram que, durante o processo, houve envolvimento e motivação das crianças nas vivências, devido à contextualização das práticas com a brincadeira de faz de conta, própria da infância. As imprevisibilidades não se apresentaram como empecilho para a execução da unidade didática, e as possibilidades justificaram a presença das PCAs nas aulas de EF para o público em questão. Concluímos que o conteúdo práticas corporais de aventura se mostrou um conteúdo possível de se desenvolver na Educação Infantil, com crianças de cinco anos, desde que com o devido trato didático pedagógico. A brincadeira de faz de conta, atividade típica da infância, facilitou a apropriação do conteúdo, contribuindo com o desenvolvimento das crianças. A experiência relatada traz aportes para referenciar, coadjuvar e influenciar novas propostas, pesquisas e intervenções da Educação Física na Educação Infantil, uma vez que foram apresentadas as perspectivas alcançadas, por meio da implementação dessa unidade didática. |