Marcadores imuno-histoquímicos de prognóstico para carcinoma de células escamosas em pacientes adultos jovens: revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rauen, Charles Alex
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/239825
Resumo: Antecedentes: o carcinoma de células escamosas de boca (CCEB) é a neoplasia maligna mais frequente na região de cabeça e pescoço. Ao longo dos últimos anos, observou-se um aumento da incidência dessa neoplasia em pacientes jovens (≤40 anos), com controvérsias a respeito do prognóstico em relação aos pacientes com mais de 40 anos. Tradicionalmente, para se estabelecer o prognóstico dessas lesões, são correlacionados dados clínicos e histopatológicos, além do crescente uso de biomarcadores da carcinogênese pelo método da imuno-histoquímica (IHQ) que possuem relação com características biológicas das neoplasias e podem predizer o seu prognóstico. Objetivo: avaliar, por meio de uma revisão sistemática da literatura, marcadores de IHQ para determinar o prognóstico em adultos jovens portadores de CCEB em boca. Fontes de dados: Pubmed, Web of Science, Scopus, Embase, Lilacs e Proquest. Métodos de avaliação: a busca por Estudos retrospectivos, longitudinais, de coorte e casos controle totalizou 11.798 artigos. Após a remoção de duplicatas, seleção por títulos e resumos, contatos com autores e seleção por meio das referências, houve, como resultado, quatro artigos que foram selecionados, buscando-se apenas os que apresentavam estratificação por idade dividida em dois grupos, com jovens ≤40 anos e grupo controle >40 anos, selecionando-se apenas CCEB em boca, restrito às línguas inglesa, portuguesa e espanhola. Resultados: Foram encontrados resultados positivos para a utilização das proteínas RECK, Ciclina D1, EGFR, ALDH1A1 e CYP1B para se determinar prognóstico do CCEB em pacientes jovens. Entretanto não foi possível considerar nenhum desses marcadores de IHQ como um fator prognóstico independente. A maior limitação desse estudo foi encontrar trabalhos com padronização de idade, divisão por grupos e registro dos desfechos, correlacionando com a expressão dessas proteínas em IHQ, sendo necessários mais estudos primários que busquem atender essa demanda, para que seja possível descobrir a real aplicabilidade desses biomarcadores e se eles podem servir como referência para se estabelecerem planos de tratamento mais precisos. Conclusão: não foi possível encontrar biomarcadores de IHQ que possam predizer com segurança o prognóstico do CCEB em pacientes jovens. Porém, verificou-se que a hipoexpressão de RECK e a hiperxpressão de Ciclina D1, ALDH1A1 e Cerb-2 estão correlacionadas com as menores taxas de SLD em pacientes jovens, sendo promissora e necessária a iniciativa de se aprofundarem os estudos de base porAntecedentes: o carcinoma de células escamosas de boca (CCEB) é a neoplasia maligna mais frequente na região de cabeça e pescoço. Ao longo dos últimos anos, observou-se um aumento da incidência dessa neoplasia em pacientes jovens (≤40 anos), com controvérsias a respeito do prognóstico em relação aos pacientes com mais de 40 anos. Tradicionalmente, para se estabelecer o prognóstico dessas lesões, são correlacionados dados clínicos e histopatológicos, além do crescente uso de biomarcadores da carcinogênese pelo método da imuno-histoquímica (IHQ) que possuem relação com características biológicas das neoplasias e podem predizer o seu prognóstico. Objetivo: avaliar, por meio de uma revisão sistemática da literatura, marcadores de IHQ para determinar o prognóstico em adultos jovens portadores de CCEB em boca. Fontes de dados: Pubmed, Web of Science, Scopus, Embase, Lilacs e Proquest. Métodos de avaliação: a busca por Estudos retrospectivos, longitudinais, de coorte e casos controle totalizou 11.798 artigos. Após a remoção de duplicatas, seleção por títulos e resumos, contatos com autores e seleção por meio das referências, houve, como resultado, quatro artigos que foram selecionados, buscando-se apenas os que apresentavam estratificação por idade dividida em dois grupos, com jovens ≤40 anos e grupo controle >40 anos, selecionando-se apenas CCEB em boca, restrito às línguas inglesa, portuguesa e espanhola. Resultados: Foram encontrados resultados positivos para a utilização das proteínas RECK, Ciclina D1, EGFR, ALDH1A1 e CYP1B para se determinar prognóstico do CCEB em pacientes jovens. Entretanto não foi possível considerar nenhum desses marcadores de IHQ como um fator prognóstico independente. A maior limitação desse estudo foi encontrar trabalhos com padronização de idade, divisão por grupos e registro dos desfechos, correlacionando com a expressão dessas proteínas em IHQ, sendo necessários mais estudos primários que busquem atender essa demanda, para que seja possível descobrir a real aplicabilidade desses biomarcadores e se eles podem servir como referência para se estabelecerem planos de tratamento mais precisos. Conclusão: não foi possível encontrar biomarcadores de IHQ que possam predizer com segurança o prognóstico do CCEB em pacientes jovens. Porém, verificou-se que a hipoexpressão de RECK e a hiperxpressão de Ciclina D1, ALDH1A1 e Cerb-2 estão correlacionadas com as menores taxas de SLD em pacientes jovens, sendo promissora e necessária a iniciativa de se aprofundarem os estudos de base por meio de medotologias padronizadas para validar se a IHQ pode ser uma ferramenta útil para se estabelecer o prognóstico do CCEB em pacientes adultos jovens.