Evolução cromossômica no veado-mateiro – Mazama americana (Mammalia; Cervidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Abril, Vanessa Veltrini [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102780
Resumo: Estudos com veado-mateiro (Mazama americana) mostram que há muitas controvérsias quanto ao número de subespécies ou até quanto ao desdobramento destas em espécies. Em estudo citotaxonômico foram encontradas variações cromossômicas intra e interpopulacionais em populações de M. americana geograficamente distantes, com número diplóide de 48 a 53 e número fundamental de 46 a 57. Com base nisto, o presente estudo visou compreender como ocorreu a reorganização cromossômica dentro das variantes encontradas durante a evolução do grupo. Para isto, estrutura e organização dos cromossomos de M. americana foram analisadas para identificar os rearranjos que originaram a variação intraespecífica através das técnicas de bandamento cromossômico (bandas G, C, Ag-NOR), hibridação in situ (FISH) com sondas teloméricas e pintura cromossômica com o uso de sondas cromossômicas da espécie Mazama gouazoubira. Foram identificados seis citótipos distribrídos em 12 cariótipos diferentes: Rondônia (2n=42 ou 43 e NF=46; 2n=42 e NF=49), Juína (2n= 43, 44 ou 45 e NF=48; 2n=44 e NF=46), Jarí (2n=49; NF=56, Carajás (2n=50 e NF=54), Santarém (2n=51 e NF=56) e Paraná (2n=51,52 ou 53 e NF=56). O cariótipo básico do citótipo Paraná foi utilizado como base comparativa para os demais. Os rearranjos que originaram essas diferenças foram fusões cêntricas, em tandem e inversões pericêntricas. A análise de complexo sinaptonêmico confirmou a existência de um sistema sexual múltiplo do tipo XX/XY1Y2 através da detecção de uma trivalente sexual. Sítios teloméricos intersticiais evidenciam que a ocorrência de eventos de fusões em tandem foi essencial para a evolução cariotípica desta espécie e a homologia de sondas cromossomo-específicas de M. gouazoubira corroboram que o caminho da reorganização cromossômica entre estas espécies foi principalmente através de fusões.