Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Dariane Priscila Franco de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217185
|
Resumo: |
O uso do lodo de esgoto e água de reúso como fonte de nutrientes e suprimento hídrico para o desenvolvimento de plantas de eucalipto pode representar a possibilidade de manter ou elevar a produtividade dessa espécie. Além disso, propiciar uma finalidade mais adequada para os resíduos urbanos promovendo a reciclagem dos nutrientes. O presente ensaio teve como objetivo avaliar o potencial nutricional da água de reúso e de lodo de esgoto no desenvolvimento inicial de eucalipto. A água de reúso e o lodo foram produzidos a partir de efluentes domésticos da cidade de Botucatu (SP) - Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da SABESP. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, composto por 4 tratamentos e 5 blocos, sendo cada parcela composta por 10 vasos com uma planta por vaso, totalizando 50 vasos por tratamento. O experimento foi organizado em ambiente protegido. Os tratamentos se constituíram de diferentes fontes de nutrientes para as plantas de Eucalyptus urophylla, sendo que no controle (NPK) foi aplicado fertilizante mineral na dose recomendada para a cultura. Os demais tratamentos receberam nutrição via água de reúso (AR) e lodo de esgoto estabilizado nas proporções de 25 (L25) e 50% (L50) do volume do vaso de cultivo. As avaliações foram realizadas a partir da coleta de variáveis biométricas, bioquímicas e fisiológicas executadas em frequência mensal, durante 120 dias após o plantio. Ao final do experimento foram realizadas análises de biomassa, bioquímicas (açúcares totais e fenóis totais) e teor de macro e micronutrientes nas folhas, caule e raiz das plantas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Foram elaboras correlações entre as variáveis, com auxílio da técnica de análise multivariada de componentes principais (PCA). As plantas dos tratamentos L25 e L50 apresentaram maior desenvolvimento biométrico, com destaque para altura, diâmetro de colo, área foliar e biomassa. As plantas do tratamento AR apresentaram parâmetros biométricos satisfatórios em relação ao tratamento NPK. Todos os tratamentos induziram ao acúmulo de pigmentos, quando comparado às plantas do controle. O lodo aplicado (L25 e L50) promoveu maiores concentrações de N, P, S e Zn além de aumentar as concentrações de açúcares totais. Plantas fertilizadas com NPK apresentaram maiores teores de K nos tecidos da folha e raiz. A atividade da enzima Nitrato redutase em folhas de eucalipto foi incrementada pelo uso do lodo (L25 e L50). A atividade fotossintética também foi responsiva em relação à aplicação do lodo, diferindo-se conforme a proporção utilizada. Em conclusão, a aplicação de água de reuso foi satisfatória para o desenvolvimento inicial de plantas de Eucalyptus urophylla. A aplicação lodo de esgoto (L25 e L50) melhorou significativamente os parâmetros morfológicos, fisiológicos e nutricionais das de plantas de Eucalyptus urophylla em relação demais tratamentos. A alta disponibilidade de P nos tratamentos com lodo foi o principal fator a promover maior desempenho em crescimento das plantas de Eucalyptus urophylla. |