A constituição e a atuação de grupos, tribos, gangues e galeras no entorno de uma escola pública de ensino médio: uma coexistência possível?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Carneiro, José Renato [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/90346
Resumo: Ao despertar para a presença invasiva e indisciplinada de grupos, tribos, gangues e galeras de adolescentes e jovens no entorno da Escola Oscar Villares, em Mococa (SP), eu, como pesquisador e, então diretor da escola, deparei-me com a necessidade de conhecer as características principais desses agrupamentos juvenis, para melhor trabalhar com eles. A partir de pesquisa bibliográfica acerca da constituição de grupos, procurei desvelar os fatores determinantes da atuação dos mesmos. Diante desse contexto, este estudo tem como primeiro objetivo, obter o entendimento sobre a dimensão da Escola Pública no Brasil, com ênfase nas concepções pedagógicas que contribuíram historicamente para a construção da escola atual. A intenção da pesquisa foi refletir sobre as relações de poder no campo da Escola, as implicações ligadas ao habitus, à indisciplina e às formas de inclusão e exclusão praticadas entre grupos de estabelecidos e de outsider (segundo Norbert Elias), fatores esses que se encontram mediados pela mídia e pela indústria cultural, no bojo da globalização levada a efeito pelo neoliberalismo da contemporaneidade. A pesquisa teórica permitiu levantar dados históricos sobre as características da adolescência e da juventude como fenômenos de expressão psíquica e social, procurando compreendê-las no contexto das manifestações da cultura juvenil em geral, assim como no entorno específico da escola, privilegiando aspectos ligados à violência implícita na atuação de alguns grupos. Este trabalho realizou, ainda, estudos de casos envolvendo alguns sujeitos da pesquisa - sujeitos representativos das culturas juvenis presentes na escola - e de agentes escolares. Pensa-se que este estudo possa ser de interesse das administrações escolares e de educadores, que lidam com as configurações grupais constituídas por alunos, exalunos...