Efeitos de um exercício de alta carga inspiratória nas variáveis biomecânicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pereira, Karina Pitombeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193064
Resumo: Estudos mostram que todos os músculos do tronco, dentre eles o músculo diafragma, possuem dupla exigência mecânica, exercendo a função de estabilização do tronco e manutenção das exigências ventilatórias. Também existem estudos que concluem que em situações de elevada demanda respiratória o papel postural desses músculos fica comprometido. Porém, não se sabe exatamente quanto e como o aumento da demanda ventilatória pode influenciar na estabilidade global. Por isso o objetivo desse estudo foi avaliar a influência de um exercício de alta carga inspiratória (EACI) nas variáveis biomecânicas em jovens universitários, de ambos os gêneros com idade entre 18 e 30 anos. Para isso foram realizados testes de equilíbrio unipodal, Single Leg Drop Landing, torque isométrico, torque isocinético e controle de força para os movimentos de flexão e extensão do tronco associados a eletromiografia, nos músculos reto abdominal e eretor espinhal longuíssimo antes e após um EACI. O EACI foi realizado com uso de um equipamento para treinamento muscular inspiratório, programado para gerar uma resistência à inspiração, com valor de 80% da pressão inspiratória máxima, onde o participante, respirava com esse dispositivo na boca, utilizando um clipe nasal por dez minutos. As variáveis cinéticas do centro de pressão (COP) mostraram um aumento significativo na área (p=0,026), velocidade (p=0,001) e comprimento (p=0,001) do COP; e a co-contração dos músculos do tronco por meio da eletromiografia, não apresentou diferença significativa dentre as avaliações realizadas pré e pós o EACI, no teste de equilíbrio unipodal. A força de reação do solo analisada no teste Single Leg Drop Landing, apresentou aumento significativo (p=0,003) nos valores coletados após o EACI. O pico de torque isométrico apresentou diminuição significativa dos valores, tanto para o movimento de flexão (p=0,020) como para extensão (p=0,014) após a realização do EACI. A razão entre os músculos extensores e flexores de tronco analisada no teste isocinético, também foi significativamente pior (p=0,018) após o EACI. Por fim o erro absoluto e eficiência neuromuscular, analisados por meio de eletromiografia, no teste de controle de força dos músculos flexores e extensores de tronco, apresentou diferença estatística nos resultados, apenas para a variável do erro absoluto para flexão do tronco (p=0,000) após a realização do EACI. Assim, concluímos que todo exercício, atividade física e afins, que envolvam o controle de tronco e equilíbrio global deve levar em consideração a interação entre a respiração e a realização de demais tarefas.