Profissionais de educação de ONGs: uma nova categoria intelectual? Investigação sobre duas ONGs brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Almeida, Cíntia Pereira Dozono de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101616
Resumo: As organizações não-governamentais explodem em número e influência no Brasil a partir da década de noventa do século XX, como conseqüência dos princípios neoliberais de desresponsabilização do Estado e sua configuração enquanto Estado Mínimo. Paralelamente a isso, o processo de redemocratização favorece o fortalecimento da sociedade civil e de seus intelectuais. Considerada a educação requisito indispensável à emancipação humana, opta-se por um olhar sobre duas ONGs brasileiras voltadas à educação neste início de século XXI. Através de pesquisa participante, os profissionais de educação das ONGs pesquisadas, EMCANTAR e Ação Educativa têm seu trabalho educativo conhecido a fundo e descrito em detalhes. As características de sua atuação, principais projetos, resultados, perspectivas, assim como questões de financiamento, relações com o Estado, dentre outros aspectos são estudados e analisados. Com o aporte teórico no conceito de intelectual de Gramsci, indaga-se: são os profissionais de educação das ONGs uma nova categoria intelectual? Privilegiada a visão dialética, possibilidades e problemas do trabalho desses profissionais são apontados. As contradições do real permitem encontrar nas ONGs, cuja origem está diretamente relacionada ao momento de recrudescimento do capitalismo financeiro e da diminuição estatal em investimentos sociais, caminhos para a promoção da democracia, da justiça social, da cidadania. Finaliza-se, porém, com a sustentação da dúvida. Problematizados aspectos como relações trabalhistas, se há encontros ou confrontos com a educação escolar, se são intelectuais orgânicos da transformação ou não, dentre outros, conclui-se com a reafirmação do novo: somente com a articulação das variáveis comunidade científica - tempo pode-se dar uma resposta definitiva à questão proposta.