Limites de tolerância térmica e respostas fisiológicas de Phalloceros caudimaculatus (Hensel, 1868) aclimatados à diferentes temperaturas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Luiz Fernando Barbi de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/232611
Resumo: A temperatura é um dos fatores abióticos que mais têm influência na fisiologia de organismos ectotérmicos aquáticos. A determinação da temperatura crítica máxima (CTMáx) e a avaliação do metabolismo são ferramentas importantes na compreensão dos limites fisiológicos dos peixes e de suas respostas frente ao estresse térmico. Em nosso estudo avaliamos os limites de Tolerância Térmica Crítica Máxima (CTMáx) e respostas do metabolismo (consumo de oxigênio, excreção de nitrogênio, fluxo iônico líquido de cloreto e sódio) em indivíduos da espécie Phalloceros caudimaculatus. Os animais, com peso médio de 0,670 ± 0,119 g, ficaram durante 7 dias nas temperaturas de aclimatação (20-25-30°C). Avaliamos a CTMáx na salinidade 6‰ (38,567±0,207, 39,833±0,111 e 41,756±0,194) e a CTMáx na salinidade 11‰ (39,138±0,172, 39,983±0,06 e 41,057±0,121), em cada um dos regimes térmicos selecionados, respectivamente. Houve variação significativa entre as temperaturas de aclimatação no CTMáx (P<0,05). Não houve um aumento nas taxas de consumo de oxigénio em função do aumento nas temperaturas de aclimatação (20-25-30°C), e as taxas médias foram de (263,497±43,338, 217,892±61,594, 287,803±28,248), respectivamente. O valor do coeficiente de temperatura (Q10) calculado entre as temperaturas de 20-30oC foi (Q10) = 1,24. Na excreção de amônia foi observada diferenças estatísticas entre 25-30°C e 20-30 °C (P<0,05). Não foi observada diferenças estatísticas significativas na excreção de amônia entre 20-25°C (P = 0,259). O fluxo líquido de cloreto (JClnet) não apresentou diferenças significativas entre as diferenças temperaturas de aclimatação (P = 0,261). Por outro lado, o fluxo líquido de sódio (JNanet), foi significativamente aumento em 25°C (-48,607±10,05), em comparação com os demais regimes térmicos testados. No entanto, não foram observadas diferenças estatísticas significativas no fluxo líquido de sódio entre as temperaturas de 20-30°C (P = 0,261). Nossos resultados indicam que o aumento da temperatura de aclimatação resulta no aumento do limite máximo de tolerância térmica (como indicado pela CTMáx) e redução da capacidade de aclimatação térmica de Phalloceros caudimaculatus, promovendo pequenos distúrbios na excreção de produtos nitrogenados e balanço de Na+ nos animais.