Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Soares, Paulo Sérgio Gomes [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/91407
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Resumo: |
Este trabalho apresenta a contribuição de Hugh Lacey para a tradição analítica na filosofia da ciência no que tange ao processo racional de escolha entre teorias rivais de uma perspectiva que envolve os valores, e fornece as bases para uma nova forma de ciência voltada para a resolução dos problemas sociais. Para o autor, a ciência se desenvolve de acordo com “estratégias de restrição e seleção” cujo papel é restringir as teorias a serem consideradas e selecionar os dados empíricos relevantes para o teste de teorias. A partir daí, dentro de cada estratégia, a seleção de teorias se dá em função dos valores cognitivos, tais como adequação empírica, simplicidade, poder explicativo, etc., de maneira tal que não permite interpretações relativistas. Uma estratégia é adotada pela comunidade científica com base em valores morais e sociais e a sua função é sintetizar as possibilidades dos fenômenos a fim de atender às perspectivas de alguma estrutura de valor. Segundo Lacey, a ciência moderna adota uma única estratégia, a estratégia materialista, responsável pela produção de teorias que representam o mundo em termos de leis, estruturas e processos subjacentes, sem levar em conta os contextos social, cultural e ambiental, isto é, gerando teorias pretensamente neutras que informam práticas tecnológicas, aplicáveis em princípio a quaisquer estruturas de valor. Esse ideal de racionalidade concebe a ciência como um empreendimento livre de valores morais e sociais, sendo aceito pela tradição analítica na filosofia da ciência como uma forma universalmente válida de produção científica. Porém, para Lacey, a ciência moderna não está livre de valores, uma vez que a estratégia materialista mantém uma relação de reforço mútuo com a supervalorização do controle da natureza (um valor social), dando origem... |