Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Edelhoff, Ingrid Nunes Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214851
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Resumo: |
Os objetivos do presente estudo de corte prospectivo foram identificar fatores de risco para doenças inflamatórias em vacas leiteiras mestiças girolando e caracterizar as associações dessas doenças com a prenhez por transferência de embrião (TE). As doenças foram diagnosticadas nos primeiros 60 dias pós-parto em 252 vacas primíparas e 481 multíparas. As doenças uterinas (DUT) incluíram retenção de placenta, metrite, endometrite clínica e endometrite subclínica. As doenças não uterinas (DNUT) incluíram mastite, claudicação, pneumonia e abomaso deslocado. O sangue foi coletado no dia 0, 1 e 2 pós-parto e analisado quanto às concentrações de haptoglobina, ácidos graxos, Ca total (tCa), P e Mg, e novamente no dia 8 pós-parto e analisado quanto à concentração de β-hidroxibutirato. A associação entre as concentrações de metabólitos no soro e doenças inflamatórias foi determinada. As vacas receberam um programa de TE cronometrado começando 28 ± 3 d pós-parto com a primeira TE aos 46 ± 3 d pós-parto usando embriões frescos produzidos in vitro. A prenhez foi diagnosticada nos dias 31 e 59 da gestação presumida. No geral, 63,3% das vacas foram diagnosticadas com DUT e 20,6% com DNUT. Os fatores de risco para DUT incluíram estação do parto, grupo de parto, problemas de parto, dias com hipocalcemia subclínica e concentrações séricas de haptoglobina e Mg, enquanto os fatores de risco para DNUT foram grupo paridade e concentração sérica de Mg. Vacas que desenvolveram DUT tiveram concentrações aumentadas de haptoglobina no d 2 e ácidos graxos no d 1 e 2, e concentrações reduzidas de tCa nos d 1 e 2 e de P e Mg no d 2 pós-parto em comparação com vacas sem DUT. Vacas que desenvolveram DNUT tiveram concentrações aumentadas de ácidos graxos no d 0 a 2 pós-parto e concentrações diminuídas de tCa e P em d 0 e 1, e de Mg nos dias 1 e 2 pós-parto em comparação com vacas sem DNUT. As vacas que desenvolveram DNUT tiveram uma redução de 340 kg na produção de leite nos primeiros 60 dias pós-parto. As doenças inflamatórias foram associadas a um menor escore de condição corporal e aumento da perda de condição corporal nos primeiros 70 dias pós-parto. A manutenção da prenhez após a TE foi reduzida em vacas DUT após o primeiro (41,7 vs. 25,4%) ou todos os TE (46,4 vs. 36,2%), enquanto a manutenção da prenhez foi reduzida em vacas DNUT apenas na segundo TE (39,0 vs. 25,9%). A redução da manutenção da prenhez em vacas DUT combinada com uma taxa de serviço reduzida de 21 dias (61,9 contra 54,8%) diminuiu a taxa de prenhez do ciclo de 21 dias (28,6 contra 19,9%) e o risco de prenhez para 300 dias pós-parto em 35%, resultando em uma abertura extra de 32 d. Em conclusão, as doenças inflamatórias deprimiram a fertilidade em vacas leiteiras recebendo TE, com o maior impacto observado em vacas DUT. Isso sugere que a inflamação local do útero prejudica a manutenção da prenhez em vacas leiteiras após a TE. |