Tratamento do ectrópio cicatricial da pálpebra com aplicação de substâncias injetáveis.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Veloso, Laryssa Kataki de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154287
Resumo: OBJETIVO: Avaliar a eficiência da injeção de ácido hialurônico (AH) ou de soro fisiológico (SF), aplicados no subcutâneo da pálpebra inferior de portadores de ectrópio cicatricial, visando à correção não cirúrgica do mal posicionamento palpebral. MÉTODOS: este foi um estudo prospectivo, intervencionista, envolvendo 23 pálpebras de 15 portadores de ectrópio cicatricial, divididos aleatoriamente em dois grupos: G1 (13 pálpebras) no qual foram feitas quatro aplicações de 4ml de SF (Cloreto de Sódio 0,9%, Equiplex, Goiás, Brasil), associado a 1ml de cloridrato de lidocaína a 2,0% sem vasoconstritor (Xylestesin®, Cristália, São Paulo, Brasil), em intervalos de uma semana entre as aplicações; e G2 (10 pálpebras) que receberam aplicação de 1 ml de AH (Restylane® Lidocaine, Q med, Uppsala, Suécia) em aplicação única. Foram avaliadas as variáveis demográficas dos participantes, as queixas, o grau do ectrópio, o grau de flacidez palpebral, a localização do ectrópio, além de avaliações quantitativas realizadas utilizando-se a fotodocumentação sistematizada dos olhos dos pacientes, 30 dias após a primeira aplicação no G1 e 7 e 30 dias após as aplicações do G2. As imagens obtidas foram transferidas para um computador e avaliadas utilizando-se o programa Image J, avaliando-se a distância da pálpebra inferior até o reflexo corneano (DMR2), distância limbo-margem (LM), ângulo da comissura interna (AI) e externa (AE), área total (AT), lateral (AL) e medial (AM). As áreas a serem avaliadas foram delimitadas por uma linha que une as duas comissuras e outra linha que coincide com a margem da pálpebra inferior. As avaliações foram feitas sem tração e com tração da pálpebra inferior para baixo. Todos os dados foram transferidos para a planilha Excel, sendo realizada a análise comparativa antes e após as aplicações nos dois grupos. RESULTADOS: Os grupos foram semelhantes quanto a idade, sexo, cor da pele e grau do ectrópio. Houve melhora signficativa dos sintomas nos indivíduos de G2 após a aplicação de AH. Apos a injeção, o G1 apresentou redução significativa de AI com e sem tração, AE com tração, LM sem tração e AM com tração. No G2, após as injeções as medidas AI sem tração, AE, DMR2, AT e AM com e sem tração, LM e AL com tração apresentaram alterações significativas (p<0,05). A comparação das medidas realizadas no G2 após sete e 30 dias mostrou estabilidade dos resultados obtidos com a injeção de AH. CONCLUSÃO: A aplicação de AH na pálpebra inferior de portadores de ectrópio cicatricial mostrou melhora parcial do mal posicionamento palpebral. A aplicação de SF não foi efetiva no tratamento do ectrópio cicatricial.