Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Isabela Garcia Mendes de Araujo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/250441
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Resumo: |
Na pecuária leiteira, a baixa qualidade do leite muitas vezes surge devido a práticas inadequadas na produção do leite, principalmente no processo da ordenha, onde é necessário atenção especial quanto a higienização do ambiente, equipamentos e até mesmo o teto dos animais, que podem servir como foco de contaminação de bactérias. Desta forma o objetivo geral deste trabalho foi mensurar como práticas sanitárias no processo de ordenha resultam efeitos microbiológicos no leite de pequenas propriedades. Para alcançar este objetivo, utilizou-se a pesquisa-ação como método de pesquisa. Inicialmente contou-se com a participação de 30 produtores de uma associação de produtores de pequenas e médias propriedades da região da Alta Paulista – SP. Esses produtores receberam orientação sobre as boas práticas que devem ser adotadas no processo da ordenha, a fim de evitar contaminação por bactérias, durante um período de 10 meses. Analisou-se o leite de todos os produtores da associação no início e no final do estudo, com análises microbiológicas (CPP e Enterobacteriaceae) sendo selecionados cinco desses para acompanhamento em suas propriedades e para serem feitas análises microbiológicas do leite e dos tetos de cinco animais de cada produtor e da água, do tambor e da teteira/mão de 45 em 45 dias. A média inicial do leite encontrada na associação foi de 6,641 log10 e 5,341 log10 UFC/ml para CPP e Enterobacteriaceae, respectivamente, as quais reduziram para 5,991 log10 e 4,608 log10 UFC/ml após as orientações. Enquanto na análise dos cinco produtores que foram acompanhados, observou-se diferentes comportamentos em cada propriedade, onde apenas o P3 não conseguiu reduzir o valor de CPP do leite e os únicos que conseguiram valores dentro do permitido pela IN76 para CPP foram o P2 e o P7, evidenciando que quando adotadas corretamente as boas práticas são eficientes para reduzir a contagem bacteriana, porém quando negligenciadas não surtem o mesmo efeito. Conclui-se que para alcançar um produto de qualidade é necessário a aplicação das boas práticas e o acompanhamento constante aos produtores, sendo importante encontrar o equilíbrio entre as boas práticas e a realidade de cada propriedade, tornando a sua aplicação viável para o produtor. Ainda se evidencia a necessidade de pesquisas voltadas a adaptação das boas práticas em diferentes modelos de propriedades e produtores, buscando torná-las versáteis, e trabalhos sobre o impacto do transporte por meio de carreteiros em propriedades de pequena escala, além da inclusão da análise de Enterobacteriaceae para o leite cru na legislação com o intuito de fiscalizar as condições sanitárias da ordenha, embora já exista para leite tipo A. |