Farmacocinética pré-clínica do praziquantel carreado por micropartículas inorgânicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Eduardo Henrique Vivencio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258940
http://lattes.cnpq.br/6106096430460069
Resumo: O praziquantel (PZQ) é fármaco de escolha no tratamento da esquistossomose, porém, sua baixa solubilidade em água pode ser um problema nas administrações orais. O PZQ, ainda, sofre extenso metabolismo pré-sistêmico, o que leva à expectativa de que os níveis plasmáticos atingidos na administração oral apresentem alta variabilidade, com reflexos significativos sobre o desfecho clínico. Formulações com hidróxidos duplos lamelares (HDL) como excipientes funcionais em micropartículas inorgânicas têm sido desenvolvidas com a finalidade de melhorar o perfil de dissolução e a biodisponibilidade oral de fármacos. Neste estudo, o objetivo foi avaliar o impacto de uma nova formulação desenvolvida como sistema PZQ-HDL, pelo Laboratório de Tecnologia de Medicamentos da Universidade Federal de Pernambco (UFPE), sobre o perfil farmacocinético do PZQ em ratos wistar. Foi desenvolvido e validado um método bioanalítico para a determinação de PZQ em plasma de ratos por HPLC/UV. O fármaco foi administrado em quatro grupos de animais:por via intravenosa (IFA, 20 mg/kg) e por via oral (IFA dispersão sem adjuvantes funcionais, suspensão oral comercial - SO e PZQ carreado por HDL; 200 mg/kg), com coleta seriada de sangue para a quantificação do PZQ no período de até 360 e 480 minutos, respectivamente. Não foram observados niveis quantificáveis de PZQ no grupo de que recebeu IFA dispersão pela via oral. Os parâmetros farmacocinéticos principais estimados para o grupo IV, PZQ-HDL e Suspensão comercial foram: Kel (min-1) – 0,038, 0,006 e 0,005; t 1/2 (min) – 18,2, 115,50 e 136,6; ASC0-t (ug/mL.min) – 329,99, 1278,50 e 522,7; ASC0-inf (ug/mL.min) – 379,6, 1346,74 e 585,4; Cl (mL/min/Kg) – 12,64, 52,69 e 52,7; Vd (mL/Kg) – 332,78, 8780,94 e 10537,1; MRT (min) – 28, 153,07 e 196,7. Observou-se que, a partir dos 10 minutos iniciais, o grupo que recebeu a formulação HDL apresentou concentrações plasmáticas de PZQ sempre superiores, demonstrando que o processo de absorção foi incrementado quando comparado com a administração da formulação SO. A biodisponibilidade oral (F%) foi de 36,2 e 16,1 para HDL e SO, respectivamente. Este resultado nos permite inferir que as partículas inorgânicas aumentaram a quantidade de fármaco absorvida, o que representa êxito na proposta da formulação. Ensaios com outros modelos animais devem ser realizados para o avanço do desenvolvimento do produto farmacêutico com perspectivas promissoras.