Desafios e perspectivas da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na inserção no mercado de trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carneiro, Carolina Santos de Almeida [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250443
Resumo: Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, impactando no comportamento emocional e social do ser humano. Em consequência disso, esses indivíduos encontram extrema dificuldade ao tentar a inserção no mercado de trabalho. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática e uma pesquisa com indivíduos com TEA que estão em busca de emprego e aqueles que já estão inseridos, a fim de compreender as dificuldades, potencialidades e de que forma podem contribuir no ambiente laboral. Metodologia: Foi executado uma uma busca de evidências presentes nas bases de dados Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed, Scopus, Web Of Science e Embase para realização da revisão sistemática referente aos jovens adultos com TEA. Foram encontrados 6.385 estudos e de acordo com os critérios de exclusão foi obtido um número final de doze trabalhos. Para o estudo transversal, descritivo, quanti-qualitativo, realizou-se a coleta de dados com as pessoas diagnosticadas com TEA e que estavam inseridos na associação de capacitação para o mercado de trabalho (n=22) (FAMA) para avaliar o perfil sociodemográfico e as variáveis dos que estão inseridos no mercado de trabalho e seu desempenho no ambiente laboral. Resultados: A revisão constou com doze trabalhos, onde todos respondiam a questão das dificuldades e potencialidades das pessoas com TEA que estavam inseridos no ambiente laboral e aqueles que estavam em busca, apresentando controvérsias nos estudos, como dificuldades a adaptação e compreensão para a permanência no ambiente laboral, porém, outros viam, o transtorno como ponte forte devido ao auto grau de percepção visual. No estudo transversal, constatou que, aqueles que estavam inseridos no mercado de trabalho, avaliaram seu desempenho no emprego como razoável (87,50%), além de relatarem não conseguir fazer todas as atividades que eram designadas (100%), assim como, sentiam que sofriam preconceito ou discriminação pelo seu diagnóstico (87,50%). Conclusão: As maiores dificuldades como realizar as atividades delegadas e preconceito que os autistas vivenciam em seu cotidiano têm sido uma barreira para a inserção e permanência no ambiente laboral, porém, outros viam que as características inerentes ao transtorno como ponto forte. Estratégias fornecidas a esse público como treinamentos, adaptações no ambiente de trabalho, apoio das empresas e dos próprios empregadores podem ajudar a reconhecer o imenso valor que eles podem trazer para o local.