Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Barnabé, Luís Ernesto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183573
|
Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi investigar a circulação de concepções de História Antiga no espaço escolar brasileiro entre os anos de 1830 e 1860 com base em dois compêndios como referenciais. No primeiro deles, Précis de l’Histoire Ancienne, de Charles Cayx e Auguste Poirson, a análise recobre quatro dimensões: (a) o processo iniciado por volta dos anos de 1820 de escrita das primeiras quatro edições do précis, que deve ser compreendido como parte do projeto do Estado francês de disciplinarização da História por meio de uma coleção com mais quatro outros volumes prescritos aos collèges royaux de Paris; (b) os critérios que motivaram a adoção da coleção francesa como proposta de Bernardo Pereira de Vasconcelos para a criação do Imperial Collegio de Pedro II, como um estabelecimento modelo de ensino secundário em 1838; (c) o processo de prescrição da coleção – o que inclui a tradução e a edição de parte dos volumes franceses: somente o Précis de l’Histoire Ancienne e o Précis de l’Histoire Romaine ¬– até 1855; e (d) a amplitude da circulação destes e do restante da coleção francesa nos demais estabelecimentos de ensino do Rio de Janeiro. Entre o Précis de l’Histoire Ancienne e o segundo, Historia Antiga, publicado em 1860, e adotado pelo Imperial Collegio de Pedro II em 1862, sobressai a figura de seu autor, Justiniano José da Rocha, primeiro professor do colégio e tradutor dos précis em 1840. Seu envolvimento como político, jornalista e professor com questões referentes à instrução e à produção de compêndios ao longo das décadas até a publicação de seu Compendio de Historia Universal (dos quais conseguiu publicar apenas os dois primeiros tomos – Historia Antiga e da Idade Media¬), justifica sua vinculação, como um guia, ao objeto de pesquisa, na medida em que tanto sua trajetória como sua escrita da História Antiga escolar proporcionam uma análise convergente entre aspectos da disciplinarização da História no Brasil, tensões entre regimes de historicidade, disputas por autonomia intelectual e circulação de compêndios escolares de História em meados do século XIX. |