Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Reia, Thaís Amanda. [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/257803
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Resumo: |
O envelhecimento é caracterizado por mudanças degenerativas causadas pelo aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) devido à disfunção mitocondrial, o que pode desencadear respostas compensatórias, como a regulação positiva do fator de diferenciação de crescimento 15 (GDF15). O GDF15 é elevado em situações de estresse celular, tal como durante o exercício físico agudo e o envelhecimento, sendo hipotetizado que ele modula o ambiente oxidativo e mitiga os impactos do envelhecimento. Diante disso, este trabalho foi dividido em três estudos: o primeiro estudo teve como objetivo revisar sistematicamente os efeitos do exercício agudo e crônico sobre a expressão do GDF15 em humanos. A revisão sistemática foi conduzida seguindo as diretrizes PRISMA, com buscas realizadas nas bases de dados MEDLINE/PubMed, Cochrane Central Register of Controlled Trials e Embase. Os resultados mostraram que o exercício físico agudo pode aumentar as concentrações de GDF15 em várias populações. No entanto, estudos sobre programas de treinamento regular apresentaram resultados discrepantes, apontando a necessidade de mais investigações; o segundo estudo teve como objetivo analisar o impacto do envelhecimento na expressão de GDF15 e no estresse oxidativo e, investigar os efeitos do treinamento regular na atenuação desses marcadores em ratos idosos. Ratos Wistar foram alocados em três grupos (n=7): jovem controle (JC), idoso controle (IC) e idoso treinado (IT). O grupo IT realizou 8 semanas de treinamento aeróbio. Foram analisados peso corporal, capacidade física, concentração plasmática e muscular de GDF15 e marcadores de estresse oxidativo plasmático. O grupo IT apresentou maior capacidade física, menor peso corporal, redução na concentração de GDF15 e melhora no perfil oxidativo. Além disso, altos níveis de GDF15 foram associados a menor capacidade física e maior estresse oxidativo. O treinamento aeróbio regular parece reduzir os níveis basais de GDF15 em ratos idosos, possivelmente devido à sua eficácia em atenuar os efeitos do envelhecimento, melhorando o equilíbrio oxidativo e a capacidade física; e por fim, o terceiro estudo visou analisar o efeito protetor do GDF15 após a indução do fenótipo oxidativo mitocondrial em células musculares C2C12. As células foram submetidas à indução de estresse oxidativo, com a geração de EROs e a taxa de morte celular avaliadas na presença e ausência de GDF15. A expressão de GDF15 foi associada à menor geração de EROs e taxa de morte celular. Esses resultados sugerem um papel protetor do GDF15 contra os efeitos deletérios do estresse oxidativo em células musculares. Em suma, os estudos indicam que o GDF15 desempenha um papel importante na resposta ao estresse oxidativo e no envelhecimento. O treinamento aeróbio regular pode reduzir os níveis de GDF15 em idosos, possivelmente devido à sua eficácia em atenuar o impacto do envelhecimento. Além disso, o GDF15 parece exercer uma função protetora contra o estresse oxidativo, auxiliando na preservação da função mitocondrial. No entanto, são necessários mais estudos para determinar se o GDF15 de fato pode ser considerado um marcador de estresse ou um mediador das adaptações biológicas induzidas pelo exercício físico. |