Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Ana Paula de Araujo [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/256879
|
Resumo: |
Diante da pandemia do COVID-19, chamamos atenção para o trabalho de professores de Psicologia nesse período, que, a partir das aulas presenciais suspensas, tiveram seu trabalho redesenhado de uma forma abrupta, com a adesão ao ensino remoto. Destarte, podemos pensar a relação desse trabalhador e sua saúde mental, tendo em vista que o mesmo, supostamente, é detentor do conhecimento a respeito da saúde mental, e ao mesmo tempo está imbricado nesse contexto. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa que teve como objetivo geral identificar aspectos da organização do trabalho, das condições de trabalho e relações socioprofissionais de professores de Psicologia em trabalho remoto, tanto de instituição pública quanto de direito privado, na pandemia do COVID 19. Como objetivos específicos buscou-se analisar possíveis fatores psicossociais de risco à saúde mental dos professores; comparar aspectos do processo do trabalho em ambas as instituições; e por fim, contribuir para pesquisas no campo da psicologia e saúde no trabalho no contexto da educação. Participaram do estudo seis professores de cursos de Psicologia, sendo 3 de instituição pública, e 3 de direito privado. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas via plataforma virtual, entre os meses de junho e dezembro de 2021. Os dados foram analisados na vertente da Psicodinâmica do Trabalho de Christophe Dejours. Como resultados observou-se uma intensificação do trabalho docente, acompanhada por um processo estrutural de precarização das condições de trabalho. Destacou-se, em ambas as instituições, a sobrecarga de trabalho gerada pelo acúmulo de atividade e jornada, o dever de cumprir metas, a autoresponsabilização pelo não aprendizado do aluno, o trabalho e o lar indissociados, com tarefas domésticas, cuidado com família e filhos. O aumento da instabilidade de emprego durante a pandemia destacou-se nas falas dos docentes da instituição de direito privado. E, por fim, os professores de Psicologia estão inseridos nos contextos de trabalho, que incluem o social, político e econômico, e não estão livres de ter sua saúde prejudicada, entretanto, o conhecimento confere maior autonomia na busca por melhores condições, como a busca pelo fortalecimento do coletivo, das relações, o enfrentamento diante da OT, aumento de pausas, e busca por atividades físicas e lazer. |