José Siqueira e o coco de embolada erudito: por uma performance etnomusicológica contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Vaccari, Pedro Razzante [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95098
Resumo: O trabalho foca um estudo do gênero do coco de embolada, em três peças de José Siqueira (1907-1985), sob a perspectiva do contexto cultural e social das expressões populares utilizadas pelo compositor, voltando-se para suas origens e sua história, baseando-se em Hobsbwn e Blacking. Sobretudo, a pesquisa aponta como poderia o cantor lírico brasileiro, imbuído dos elementos sócio-históricos formadores desse gênero da música folclórica, interpretar as três peças escolhidas. Propõe-se que as canções devam ser entoadas com esses conhecimentos prévios, aproximando o canto das origens da embolada, e do local onde hoje ela aparece nas cidades, nas praças dos centros. Procurou-se uma interpretação guiada pela história social de cada canção, como é interpretada pelos cantadores contemporaneamente e como executá-la, considerando seus aspectos originais e sua procedência principal. O gênero do coco de embolada possui uma história delimitada pela sociedade e pelo ambiente de sua época, e os poemas e as melodias dessas canções mostram um universo de práticas e costumes peculiares, de diversos aspectos da formação cultural brasileira. As três canções analisadas são canções de coco de embolada populares-tradicionais, e tratam da questão do êxodo Nordeste-Sudeste. Propõe-se que “Benedito pretinho”, “Dança do sapo” e “Vadeia cabocolinho” devam ser interpretadas levando-se em conta o ambiente no qual a embolada se desenvolveu e no qual hoje ela continua popular, que é a praça urbana. Neste caso, foi analisada a interpretação dos cantadores Verde Lins e Pena Branca, da Praça da Sé, em São Paulo, considerando principalmente os seguintes aspectos: nasalidade e oralidade na performance.