Sobrevida de pacientes submetidos a ressecção cirúrgica de metástases cerebrais de câncer de pulmão no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Botta, Fabio Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/244297
Resumo: Introdução: metástases cerebrais (MC) estão entre as mais comuns neoplasias intracranianas. Seu foco primário mais comum são canceres de pulmão. Frequentemente são a primeira manifestação de um câncer ainda não diagnosticado. Seu tratamento envolve uma combinação entre ressecção cirúrgica, radioterapia, radiocirurgia, quimioterapia convencional, imunoterapias, terapias alvo e suporte clínico otimizado. Diversas escalas estimam a sobrevida de paciente portadores de MC com crescente importância dada à genética tumoral. Entretanto, dados biomoleculares e tratamentos oncológicos modernos são frequentemente indisponíveis nos países em desenvolvimento, onde a literatura atual internacional pode não representar a sobrevida dos pacientes. Objetivo: determinar a sobrevida dos pacientes operados de MC de câncer de pulmão em um hospital terciário do sistema público de saúde brasileiro, fatores a ela relacionados e comparar às escalas prognósticas. Metodologia: foi elaborada uma coorte retrospectiva dos pacientes operados por MC de câncer de pulmão no HCFMB. Resultados: 55 pacientes operados entre junho de 2012 e dezembro de 2022 foram recrutados. A sobrevida média foi global foi 9,3 ±12 meses, com mediana de 5,8 meses (IIQ: 9,9 meses). O foco primário era desconhecido em 76,4% dos pacientes e sua sobrevida não teve diferença significativa com os demais. Sexo feminino, melhora de KPS após a cirurgia e a classificação de GPA2012 no grupo 3,5 a 4 pontos tiveram significância estatística em análise univariada para sobrevida de 18 meses. Análise multivariada demonstrou significância estatística apenas para melhora de KPS e GPA2012 para sobrevida de 18 meses. A sobrevida estimada pelas escalas de GPA2017 e GPA2022, que lançam mão de dados histológicos e biomoleculares, não se assemelharam à sobrevida observada. Conclusão: a sobrevida mediana dos pacientes operados por MC de câncer de pulmão no HCFMB foi de 5,8 meses (0,2 – 76,5 meses). A melhora de KPS em pós-operatório foi associada a uma maior sobrevida. A sobrevida observada melhor se assemelhou à estimada pela GPA2012.