Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Edgar Bendahan |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202155
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Resumo: |
Essa pesquisa teve por objetivo refletir sobre representações psicológicas que estudantes recém-ingressos na Unesp pelo Sistema de Reserva de Vagas da Educação Básica Pública (SRVEBP) e que se autodeclararam pretos construíram sobre o seu processo de inclusão e adaptação na universidade. Para a realização deste estudo utilizou-se como referencial teórico-metodológico a Teoria dos Modelos Organizadores do Pensamento. Modelos Organizadores são representações psicológicas que um indivíduo constrói considerando para isso os elementos que seleciona e elabora baseado em determinada situação, os significados atribuídos a esses elementos e as implicações, ou seja, a influência desses elementos e dos significados para as ações que os sujeitos realizam. Essa teoria visa compreender como os conteúdos físicos, institucionais, sociais e culturais, bem como os valores, emoções e sentimentos compõem a organização psicológica. Foi realizada, também, uma comparação entre os Modelos Organizadores do Pensamento levando em consideração os cursos em que esses estudantes ingressaram. Para realizar a pesquisa foram entrevistados seis alunos que se autodeclaram pretos e ingressaram pelo sistema de reserva de vagas e estavam cursando o primeiro ano da graduação em uma Unidade da Unesp localizada no interior do estado de São Paulo. Como instrumento metodológico complementar de coleta de dados utilizou-se o Questionário de Vivências Acadêmicas – versão resumida (QVA-r). Foram identificados cinco modelos organizadores abstraídos pelos participantes: condições socioeconômicas; realização familiar; representações de si; recepção e acolhimento; e cotas. Os modelos indicaram que: a) as condições socioeconômicas influenciam nas vivências e na relação dos estudantes com a universidade de forma mais incisiva do que o tipo de curso de ingresso; b) não houve para os estudantes ações institucionais suficientes para proporcionar a recepção e o acolhimento; c) o fortalecimento e as reflexões sobre as representações de Si são essenciais para uma educação emancipadora; d) as famílias e as cotas foram importantes aspectos de projeção para que os estudantes pudessem ingressar na universidade. De um modo geral, concluiu-se que os estudantes participantes da pesquisa estão bem adaptados à vida acadêmica, no entanto, faltam ações institucionais para proporcionar a estes estudantes maior acolhimento, bem como debates institucionais sobre o funcionamento estrutural da instituição para possibilitar uma real inclusão e democratização do ensino superior. |