Diplomacia, integração e desenvolvimento: Brasil e Argentina (1950-1962)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Cavlak, Iuri [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103148
Resumo: Após a Segunda Guerra Mundial, as relações internacionais sofreram mudanças no mundo todo. Na América do Sul, a industrialização e a necessidade da intervenção do Estado na economia foram marcantes, bem como as demandas por captação de investimentos estrangeiros e empréstimos dos Estados Unidos. Com a fundação da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina), medidas de integração entre os países foram pensadas tanto no âmbito doméstico quanto no internacional, na certeza de que somente com o entrelaçamento desses elementos o desenvolvimento da região seria possível. Nesse sentido, com a coincidência dos governos nacional-populistas de Getúlio Vargas e Juan Perón, posteriormente do desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek e Arturo Frondizi, Brasil e Argentina se tornaram os países líderes na região dentro do processo de convergência política, objetivando barganhar investimentos da nação hegemônica do continente e planejar uma macro-economia que pudesse valorizar os produtos de exportação e mitigar os preços das importações. A multilateralizacao da diplomacia brasileira valeu-se da parceria com os argentinos, assim como o desenvolvimento econômico acelerado do Brasil despertou a necessidade na Argentina de uma aliança diplomática de alto perfil com o principal vizinho, na medida em que os platinos se encontravam em sérias dificuldades com Londres e Washington. No início de 1960, chegou-se ao auge dessa empresa, desmontada pelo golpe militar na Argentina em 1962 e, paradoxalmente, pela incompatível dependência dos Estados diante das multinacionais, da economia norte-americana e dos capitais forâneos