Crambe cultivado em sucessão ao milho fertilizado com lodo de esgoto por dezoito anos consecutivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carlos, Roberta Souto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152186
Resumo: O crambe tem se destacado no cenário bioenergético como uma opção na rotação de culturas para a safrinha, visando à produção de óleo e posteriormente de biodiesel. No entanto, pouco se sabe sobre suas necessidades nutricionais. Objetivou-se avaliar a resposta das plantas de crambe ao efeito residual da adubação orgânica com lodo de esgoto (LE) na produtividade agrícola, conteúdo de macro e micronutrientes nos grãos e na planta inteira, além do teor de óleo. O experimento foi instalado em Latossolo Vermelho eutroférrico (LVef), que recebeu 18 aplicações anuais de lodo de esgoto, no município de Jaboticabal-SP. Os tratamentos foram: 0 (controle, sem aplicação de LE e com fertilização mineral); 5 Mg ha-1 LE; 10,0 Mg ha-1 LE; e 20,0 Mg ha-1 LE base seca. O crambe foi semeado em sucessão ao milho, cultura utilizada no ciclo 2014/2015, sem nova adubação. O acúmulo de nutrientes na planta inteira e a massa seca foram analisados em três épocas de amostragem (50, 64 e 78 dias após a semeadura - DAS), além da produtividade, porcentagem de óleo e concentração de nutrientes nos grãos. O acúmulo de N, P, B e Zn na planta inteira e a massa seca de crambe apresentaram diferença significativa entre os tratamentos somente aos 50 DAS, com valores maiores no tratamento de 10 Mg ha-1 quando comparado ao tratamento controle. Para as demais variáveis analisadas, não houve diferença significativa em nenhuma época de coleta. A maior produção de massa seca ocorreu aos 78 DAS, atingindo 23,22 g kg-1 na dose de 20 Mg ha-1 LE. A porcentagem de óleo, que variou de 18,69 a 19,53%, e a produtividade de grãos, também não foram influenciadas pelos tratamentos. O estudo possibilitou verificar que a resposta à adubação com LE ou mineral, não influenciou em incremento no acúmulo dos nutrientes avaliados nas plantas e nos grãos do crambe. A qualidade de grãos de crambe quanto ao teor de óleo e a produtividade também não sofreram interferência das doses de LE utilizadas. Este trabalho mostrou que crambe é uma planta que pode ser aproveita na rotação de culturas adubadas com LE.