Odilon Redon e Charles Baudelaire: diálogos interartes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Braz, Luíza Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191228
Resumo: Em 1889, o pintor Odilon Redon apresenta a seu editor um conjunto de pranchas com interpretações, tal como ele próprio denominaria, referentes a oito poemas da edição de 1868 d’As Flores do Mal de Charles Baudelaire e, ainda, a uma sugestão de capa ou frontispício para o livro. No presente trabalho, analisaremos os oito poemas selecionados e as nove gravuras propostas para acompanhá-los, publicadas pela primeira vez no portfólio Les Fleurs du Mal. Interprétations par Odilon Redon (1890). As produções do pintor, que constituem a parte pictural de nosso corpus principal, correspondem à sua primeira fase de produção, na qual o artista realizava gravuras denominadas Noirs, de temáticas soturnas e personagens habitantes do universo fantástico. Seu primeiro período artístico se encerra por volta de 1900, com o surgimento de sua segunda fase, que conta, em especial, com temas religiosos e mitológicos, retratados por meio de técnicas que permitiram a criação de obras repletas de cores vivas. Realizamos nosso estudo a partir da análise dos aspectos literário e pictural, por meio do confronto das duas arquiteturas textuais. Para tal, apoiamo-nos principalmente nas noções de paratexto literário/iconográfico de Gérard Genette (1987) e de transposição intersemiótica, apresentada por Claus Clüver no capítulo “Da transposição intersemiótica” e por Leo H. Hoek em “A transposição intersemiótica: por uma classificação pragmática”, ambos constituintes da coletânea de ensaios Poéticas do Visível (2006), com a finalidade de aproximar os projetos estéticos do poeta moderno e do pintor.