Extração e identificação química de colorantes naturais produzidos por Talaromyces amestolkiae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Torres, Fábio Aurélio Esteves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/167570
Resumo: Colorantes sintéticos têm sido cada vez mais substituídos pelos colorantes naturais em diversos produtos industriais, pois os últimos apresentam efeitos desejáveis à saúde e podem possuir atividades biológicas. Neste cenário, o fungo filamentoso Talaromyces amestolkiae apresenta-se como uma fonte alternativa de colorantes naturais por não ser micotoxigênico. Assim, técnicas eficientes para a extração e/ou purificação destes biocompostos do meio fermentado são de grande interesse visando sua aplicação industrial. O objetivo deste travalho foi definir a estrutura química do colorante produzido por T. amestolkiae e avaliar Sistemas Micelares de Duas Fases Aquosas (SMDFA) como técnica de extração. Em relação a molécula do colorante, esta foi purificada por técnicas espectrométricas e espectroscópicas e apresentou massa de 542 u, absorção máxima em 544 nm e pertence a classe dos policetídeos. Avaliou-se a estabilidade do colorante vermelho presente no meio fermentado de T. amestolkiae e verificou-se que o mesmo é estável na faixa de temperatura de 25 a 65°C, na presença de altas concentrações do surfactante não iônico TX-114 (1-15% m/m) e dos líquidos iônicos da família dos imidazólios (0,1, 0,5 e 1,0M), porém, a molécula foi estável somente em baixas concentrações de LIs da família das colinas (0,1M). Em relação às partições por SMDFA composto por Triton X-114 e LI como surfactante iônico (família dos imidazólios) ou adjuvante (família das colinas), baixas concentrações de LI, independente da família avaliada, aumentaram o coeficiente de partição do colorante vermelho (aproximadamente, 3 vezes para a família dos imidazólios e de 3,5 vezes para a família das colinas). A influência da temperatura na partição do colorante vermelho também foi estudada e verificou-se que sistemas incubados a 45ºC apresentaram coeficiente de partição, aproximadamente, 4 vezes superior que aqueles incubados a 25ºC. Como conclusão final, novos colorantes fungícos com diferentes estruturas químicas para aplicações em diversos segmentos industriais podem ser obtidos e sistemas micelares de duas fases aquosas apresentam-se como método de extração alternativo eficiente para recuperação destes colorantes do meio fermentado.