Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Scatena, Raphaela Sepulveda [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217542
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Resumo: |
Esse trabalho surge de inquietações deixadas por experiências vividas durante o curso de formação inicial na licenciatura em ciências biológicas, relacionadas aos estágios supervisionados. O estágio para estudantes é definido como um ato educativo escolar supervisionado, que visa ao aprendizado de competências profissionais e deve integrar os projetos político pedagógicos dos cursos de formação de professores. No entanto, a realidade dos cursos e seus estágios supervisionados apresenta problemáticas de importante discussão. A forma com que se estruturam os currículos apresenta, majoritariamente, disciplinas de cunho exclusivamente teórico, sem relação entre si nem elucidações de suas conexões com a realidade que as originam. O estágio, na maioria das vezes, trata-se do cumprimento de exigências legais, desconectado do contexto acadêmico e do projeto pedagógico dos cursos, cujas etapas de avaliação se resumem à prestação de contas e ao registro de atividades, nos chamados “relatórios finais”, sem que se considere a participação e a análise dos próprios alunos sobre suas vivências, esquecendo-se que é na prática o momento da realização de seus processos de identificação pessoal e afirmação como sujeitos da ação. Portanto, esta pesquisa analisou narrativas de experiência sobre o estágio supervisionado obrigatório elaboradas por egressos do curso de licenciatura em ciências biológicas da UNESP de São José do Rio Preto, para tentar compreender, a partir da perspectiva deles, o impacto desse momento no processo de suas construções como profissionais da educação, identificando suas experiências iniciais na escola, assim como suas dimensões em aspectos emocionais, pessoais e sociais. Neste sentido, o uso da narrativa concede uma alternativa valiosa como ferramenta metodológica qualitativa, em que o narrador traz, em seu discurso, o singular e, ao mesmo tempo, a marca da cultura e do contexto histórico, favorecendo o encontro do individual e do coletivo, o rompimento com a alienação e o fortalecimento do sujeito relacional. Na análise narrativa, os investigadores coletam descrições de acontecimentos, organizam e sintetizam-nos para que juntos construam uma trama coerente, com argumentação científica dentro do tópico de estudo. O resultado dessa análise narrativa se trata de uma narrativa retrospecto que busca trazer explicações, associando possíveis razões ou acontecimentos anteriores com o final da história, com os porquês por trás do que se sucedeu. Portanto pretendo com este trabalho trazer apontamentos que contribuam para reflexões nos cursos de formação inicial de professores e a importância de se repensar os estágios supervisionados. |