Chumbo, níquel e zinco em plantas de milho e solos tratados com lodo de esgoto após dezoito anos consecutivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ribas, Greiscyléia Togo Côrte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152277
Resumo: O esperado aumento na produção do lodo de esgoto e o volume diário de lodo descartado em aterros sanitários reforçam a necessidade do reaproveitamento deste resíduo que pode fornecer nutrientes às plantas ao ser aplicado no solo, tornando-se importante alternativa de disposição, porém a presença de metais pesados limita seu uso. Assim, em duas áreas que receberam lodo de esgoto por 18 anos consecutivos, o objetivo foi avaliar a concentração de Pb, Ni e Zn no solo e plantas de milho após a 18ª aplicação do resíduo. Este experimento ocorreu no ano agrícola 2014/2015 em área de LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico e LATOSSOLO VERMELHO Distrófico, no município de Jaboticabal, SP; com 4 tratamentos (0, 5, 10 e 20 t ha-1 de lodo de esgoto, respectivamente T0, T5, T10 e T20) organizados no delineamento em blocos casualizados com 5 repetições. Foram avaliadas as concentrações pseudototal através do método 3050 B da USEPA e teor disponível através do método Mehlich 1 de Pb, Ni e Zn no solo, acúmulo desses metais na parte aérea das plantas, teor nos grãos e na folha diagnose; estado nutricional, produtividade e massa seca da parte aérea da planta. As concentrações de Pb, Ni e Zn no solo das duas áreas que receberam lodo de esgoto foram superiores aquelas que receberam apenas fertilização mineral convencional, porém no 18º ano de aplicação de lodo, os teores desses metais no solo ainda permanecem abaixo dos níveis estabelecidos para intervenção agrícola, de acordo com a legislação brasileira. Não foram observados na parte aérea das plantas, folhas e grãos de milho teores de Pb, Ni e Zn acima dos limites estabelecidos nas legislações vigentes. Maiores teores de Ni e Zn foram observados nos grãos das plantas cultivadas com a maior dose de lodo de esgoto. Para o estado nutricional, apenas P e B ficaram abaixo do nível crítico estabelecido, os teores de Mg e Mn tiveram efeito dos tratamentos na área do LATOSSOLO VERMELHO Distrófico. O lodo de esgoto com as características discutidas nesse estudo, não interfere na produção de massa seca de parte aérea as plantas, mas provoca aumento da produtividade de grãos com doses de 10 e 20 t ha-1 na área de LATOSSOLO VERMELHO Distrófico. Embora o Pb seja um elemento muito tóxico, não foi detectado nos grãos, Ni e Zn são micronutrientes que podem limitar a aplicação de lodo de esgoto ao solo. O LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico possui maior capacidade de acúmulo dos metais pesados estudados Pb, Ni e Zn, porém as quantidades fitodisponíveis são menores, devidos suas características, em relação ao LATOSSOLO VERMELHO Distrófico.