Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Heitzman, Beatriz Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235006
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Resumo: |
A aquicultura integrada multitrófica (AIMT) é um processo de produção que permite a utilização dos resíduos e efluentes como insumos para produção de outros organismos de forma associada e mais sustentável. A utilização das Lemnáceas apresenta elevada eficiência nos processos de biorremediação dos efluentes da piscicultura. A biomassa vegetal das plantas serve como fonte de moléculas de alto valor agregado obtidos da reutilização e geração de novos bioprodutos sob a perspectiva da bioeconomia, destacando a produção de proteínas, lipídeos, pigmentos e minerais. O objetivo deste estudo foi implantar um sistema AIMT com Clarias gariepinus e Lemna minor em propriedades familiares na região de Mata Atlântica em São Paulo, Brasil e avaliar este sistema em relação a eficiência na biorremediação de nutrientes dissolvidos e redução do Índice de Estado Trófico (IET). Além disto, avaliou-se a composição química da biomassa seca da planta aquática para definir o potencial na utilização como bioprodutos em outros setores da indústria. Foi implantado um sistemas AIMT, de fluxo contínuo de água, com diferentes manejos em três unidades familiares (UFs), sendo: Sistema I – Utilização da L.minor no sistema de decantação com colheita da planta em 15 e 60 dias. Sistema II – Utilização da L.minor no sistema de decantação com tempo de colheita da planta em 30 dias. A avaliação dos sistemas demonstrou que a L. minor foi eficiente na biorremediação no sistema II, com a remoção de 100% NH4, 93,15% NO3, 87,81% PO4. Assim, a L.minor proporcionou a redução média do IET de supereutrófico para oligotrófico no sistema II. A biomassa seca L. minor obteve altos teores de proteínas (35-36%) e minerais, como os macronutrientes P, K, Ca (12,33; 15,67; 16,33 g.kg-1) e micronutrientes Fe, Mn, Zn (323,00; 183,33; 131,00 mg.kg-1). A quantidade de β-caroteno foi 0,61 mg.g-1, astaxantina 540 μg.g-1 e a razão de ácidos graxos n-6/n-3 foi 0,93:1. Os resultados evidenciaram o potencial de uso da L. minor integrada com C. gariepinus em um sistema AIMT para tratamento de efluentes e geração de novos bioprodutos oriundos de processos circulares de produção praticados em unidades familiares aquícolas instaladas na região de Mata Atlântica. |