Julgamento visual de cadeiras de rodas: contribuições para o design de produtos assistivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mattos, Liara Mucio de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152003
Resumo: Os objetos de uso diário comunicam algo sobre quem os utiliza e as pessoas tendem naturalmente a associar esses produtos com a personalidade do usuário. Assim como a maioria das Tecnologias Assistivas, em muitos casos a cadeira de rodas manual não possui aparência agradável e tem sido associada a julgamentos negativos com relação a quem os utiliza. Nesse sentido, este estudo, de caráter transversal, tem como objetivo avaliar o julgamento visual de cadeiras de rodas manuais por sujeitos não usuários, com a finalidade de verificar se existe relação entre características do design deste objeto e percepções negativas (estigma) relacionadas a quem o utiliza. Para isso, foram utilizadas fotografias de 6 modelos diferentes de cadeiras, uma cadeira comum de madeira e 5 cadeiras de rodas diferentes. A pesquisa contou com a participação de 156 estudantes de graduação e pós-graduação das três faculdades do campus de Bauru da UNESP (FAAC, FC e FEB). Para avaliação das imagens foi utilizado um protocolo de Diferencial Semântico composto de 14 pares de adjetivos opostos relacionados a um julgamento da pessoa que utiliza a cadeira. Os sujeitos responderam de forma anônima a um dos seis testes de Diferencial Semântico disponível por meio digital e, em seguida, um questionário a respeito do grau de convivência com usuários de cadeiras de rodas. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva (média e desvio padrão) e os testes estatísticos de Kruskal-Wallis, Mann-Whitney e Teste “T” foram utilizados para comparação de médias. Os resultados sugerem que a cadeira de rodas implica em julgamento negativo sobre quem a utiliza e que o julgamento de pessoas usuárias de cadeiras de rodas é influenciado pela aparência dos equipamentos que utilizam. Além disso, aparentemente, a proximidade de um indivíduo com outro que utiliza cadeiras de rodas interfere de forma positiva no julgamento dos mesmos. Os resultados podem contribuir para se repensar o design da cadeira de rodas, especialmente em suas funções estéticas e simbólicas, de modo a lançar um novo olhar sobre as pessoas com deficiência.