Entre o semear e a próxima colheita: uma análise dos escritos de Lenin sobre a questão agrário-camponesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Padilha, Tânia Mara de Almeida [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/88739
Resumo: O objetivo geral deste trabalho é acompanhar a reflexão desse autor sobre a questão agráriocamponesa, através da análise dos escritos mais importantes de Lenin sobre o tema, entre os anos de 1893 e 1923. Esse recorte se justifica por encampar todo o período de escritos do autor. Enquanto os marxistas do Ocidente atuavam no seio do movimento operário, Lenin operava no quadro particular da hegemonia ideológica do eslavismo narodinik – populismo russo. Para os populistas o capitalismo era um processo artificial na Rússia e o povo russo encontraria sua redenção através da comuna agrária, considerada pelos narodiniks a essência desse povo. Lenin está claramente posto no campo marxista ao entender a necessidade de desenvolvimento das forças produtivas e, no que diz respeito à revolução, a única classe radicalmente revolucionária seria o operariado. No entanto, sua teoria teve influências dos narodiniks, que acreditavam ser o camponês a única classe revolucionária. É nesse contexto que buscamos entender os meandros em que se forjou a produção teórico-política de Lenin, contemplando sua análise do capitalismo na Rússia e seus desdobramentos; da formação econômico-social específica da Rússia; da revolução burguesa, com a participação dos trabalhadores do campo; do papel do campesinato russo nas transformações sociais; do campesinato no contexto de uma revolução socialista internacional; do campesinato como base social essencial do novo Estado que se originou da Revolução de 1917; e, finalmente, o significado da aliança operário-camponesa.