Ecotoxicidade em água de amostras de óleo recuperadas de áreas afetadas no litoral do nordeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santana, Debora Cristina Nascimento de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HPA
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/243553
Resumo: No segundo semestre de 2019 surgiram manchas de óleo que atingiram toda a extensão do nordeste brasileiro. Isso apresenta alto risco à saúde dos organismos marinhos em diversos âmbitos como o contato com as frações de óleo que se dissolvem na água. A fim de avaliar os riscos deste composto foram realizadas análises ecotoxicológicas para averiguar os efeitos causados pela exposição desse material. Desse modo, foram preparadas, em laboratório, frações solúveis em água a partir de três amostras coletadas em diferentes pontos. Com estas frações foram realizadas análises químicas para quantificar o total de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (TPHA) e alifáticos (THA) presentes nas frações solúveis e realizados testes com o objetivo de avaliar a mortalidade em Artemia salina e o desenvolvimento embrionário em Echinometra lucunter. Os resultados encontrados nas análises químicas detectaram valores quantificáveis para HA e HPA que foram superiores nas FSA da amostra 3 em comparação às outras amostras avaliadas. Quanto aos testes de toxicidade, o organismo Artemia salina apresentou concentrações que obtiveram diferença significativa com o controle a partir de 5% após 48 horas de exposição para a amostra 1. Já no para os testes realizados com Echinometra lucunter, expostos às FSA de 3 amostras, encontrou-se diferença significativa com o controle a partir das concentrações de 50% após 48hs de exposição. Os organismos avaliados mostraram baixa sensibilidade nas frações avaliadas quando comparadas a estudos anteriormente estudados com frações solúveis de óleo. Todavia, encontrou-se nas frações solúveis avaliadas concentrações de hidrocarbonetos compatíveis com estudos realizados com amostras ambientais e que apresentaram toxicidade aos organismos avaliados demonstrando assim o potencial tóxico dessas frações aos organismos que possam ser expostos as frações solúveis destes materiais. Conclui-se que o óleo que atingiu as praias brasileiras no ano de 2019 apresentava condições para contaminar a coluna d’água, pela solubilização de hidrocarbonetos, e afeta negativamente as populações de invertebrados marinhos após a exposição às frações solúveis deste óleo. Mais estudos precisam ser realizados para aperfeiçoar a compreensão dos efeitos dos óleos encontrados nas praias nordestinas em organismos marinhos.