Influência de diferentes protocolos de queima do glaze sobre microdureza, índice de fragilidade e resistência à abrasão em blocos de cerâmica CAD/CAM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Zaniboni, Joissi Ferrari [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193175
Resumo: O constante desenvolvimento das restaurações livres de metal e a tecnologia uniram as cerâmicas e o CAD/CAM há anos, e a evolução destes materiais cerâmicos, assim como do sistema digital têm sido crescentes. Os blocos CAD/CAM sofrem danos durante todo o seu processo de fabricação – da usinagem à queima, e uma alternativa de minimizar os danos causados é a aplicação do glaze. Assim, é necessário protocolos alternativos de queima do glaze que melhorem as propriedades mecânicas desses materiais cerâmicos. O objetivo desse estudo foi investigar a influência de diferentes protocolos de queima do glaze sobre a microdureza e índice de fragilidade (teste de microdureza Vickers) e a resistência à abrasão, avaliada por meio do coeficiente de atrito (μ) e perda de volume dos blocos cerâmicos CAD/CAM (IPS E.max CAD, IPS Empress CAD e Cerec Blocs). Para esse estudo in vitro foram obtidos cento e vinte espécimes a partir de blocos CAD/CAM, quarenta espécimes de cada material divididos em 5 grupos (n=8): Controle (C), Queima convencional do glaze (G), Queima convencional do glaze com 2 queimas (G2), Queima estendida do glaze (EG) e Queima estendida do glaze com 2 queimas (EG2). A avaliação da microdureza Vickers e índice de fragilidade foram realizados em microdurômetro, enquanto a resistência à abrasão foi realizada em um tribômetro pin-on-disk que registrou o coeficiente de atrito e após esse teste, os espécimes foram analisados em um interferômetro óptico a laser para cálculo da perda de volume. Os resultados obtidos em cada um dos testes foram submetidos previamente a análise estatística descritiva, teste de normalidade (Shapiro-Wilk) e homocedasticidade (Levene). Os resultados de microdureza foram avalidos pelo teste ANOVA Two Way seguido do pós-teste Sidak, já os demais testes foram submetidos a ANOVA Two way não paramétrica seguido do pós-teste Bonferroni. O nível de significância adotado para tomada de decisão foi de 5%. Em relação a microdureza, os grupos EG e EG2 do E.max e Empress apresentaram valores menores de dureza comparados aos demais grupos; já o Cerec, todos os grupos que receberam o glaze apresentaram uma dureza menor que o grupo C. Quanto ao índice de fragilidade, o grupo C do E.max apresentou-se com menor valor, os grupos G e EG do Empress apresentaram menor valor comparado aos demais grupos, enquanto os grupos do Cerec não apresentaram diferenças entre si. O coeficiente de atrito nos materiais E.max e Empress foi maior nos grupos G2, EG e EG2, e todos os grupos com glaze do Cerec apresentaram μ mais alto. Os grupos EG e EG2 do E.max apresentaram maior perda de volume, assim como os grupos do Cerec e não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos do Empress. Assim, conclui-se que nos três materiais cerâmicos avaliados, o glaze influenciou nas propriedades mecânicas estudadas e o número de queima, independente do protocolo térmico adotado, não apresentou grande influência.