Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rizzo, Felipe Alexandre |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/236511
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Resumo: |
Diante da necessidade de conhecer a qualidade ambiental da Bacia Hidrográfica do Córrego Pequiá, no oeste maranhense, inserida nos municípios de Açailândia, São Francisco do Brejão e João Lisboa foi proposto este estudo objetivando a elaboração de uma ferramenta de gestão que permita identificar áreas degradadas necessárias à recuperação. A ocupação irregular do solo, evidenciou a alteração da paisagem na bacia, que encontra-se inserida no bioma Amazônico com algumas áreas transicionais do Cerrado, onde se destaca a presença de grandes fazendas, distrito industrial e áreas urbanas, alterando consequentemente a qualidade da água. Para a execução deste estudo foram utilizados os softwares ArcGIS 10.6, QGIS 2.18 e Trackmaker para o cálculo e análise de índices morfométricos das sub-bacias hidrográficas presentes na área de estudo, das variáveis da Equação Universal de Perdas de Solo, da espacialização dos Índices de Qualidade da Água (IQA) e Índice de Estado Trófico (IET) nos exutórios das sub-bacias hidrográficas, da relação espacial da temperatura da superfície terrestre (TST) com o índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) em dois períodos distintos 1984 e 2020 e, por fim, a determinação de áreas prioritárias à recuperação (APR). Os resultados permitiram identificar uma tendência a não circularidade para todas as sub-bacias hidrográficas e o maior gradiente do canal principal observado foi de 38,70 m/km na sub-bacia do Mosquito. Os índices de sinuosidade foram classificados como reto para as sub-bacias do baixo Pequiá e Mosquito, ficando as demais como muito sinuoso com maior tendência de aporte de sedimentos. Para os resultados dos índices de rugosidade mostram terreno suavemente ondulado para as sub-bacias do Mosquito e alto Pequiá com valores 165,92 e 187,88 e a perda média anual de solo foi estimada em 17.180,07 t/ha/ano que variou entre 12,65 e 34.349,4 t/ha/ano. Para o IQA alguns parâmetros divergiram do que preconiza a Resolução CONAMA 357/05, para Classe 2, sendo observado IQA ruim para dois exutórios localizados no baixo Pequiá e Brejão e um IET classificado como supereutrófico para os exutórios Mosquito e alto Pequiá, indicando um possível quadro de eutrofização do rio. Na análise das imagens ocorreu diferença de vegetação existente em 36 anos de atividades antrópicas que alterou a dinâmica da floresta em diversos pontos da bacia, ocasionando um aumento médio de temperatura de 4ºC, evidenciando-se a necessidade da recomposição florestal. Na bacia 1,73 % das áreas possuem risco alto de diminuição da capacidade de recuperação, uma vez que o desenvolvimento bacteriano e de microorganismos poderá se tornar menor a cada ano, por consequência do aumento da temperatura do solo. Concluiu-se que existe a necessidade de gestão compartilhada entre os municípios onde está inserida a Bacia Hidrográfica do Pequiá para a manutenção da dinâmica hidrológica da região. A perda de solo nos pontos mais críticos da bacia se deve ao tipo de solo, elevada declividade e falta de práticas conservacionistas. O IQA e IET trazem informações relevantes das alterações geradas pelas ações antrópicas nas águas superficiais. Portanto, essa proposta possibilita a tomada de decisão em áreas estritamente prioritárias, dependendo de menores investimentos por se tratar áreas pontuais na Bacia do Córrego Pequiá. |