Estratégias de melhoramento em Eucalyptus pellita F. Muell a partir da distância genética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Andrade, Mateus Chagas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192359
Resumo: Eucalyptus pellita F. Muell é uma das espécies de importante interesse nos programas de melhoramento visando agregar alelos complementares, por meio da hibridação com espécies amplamente cultivadas, como o E. grandis e E. urophylla. Para isto, torna-se necessário o conhecimento da variabilidade genética e identificar possíveis grupos heteróticos de modo a orientar os programas de hibridação com o E. pellita. Neste sentido, a presente pesquisa objetivou estimar a variabilidade e a distância genética existente em procedências e progênies de E. pellita, por meio de caracteres quantitativos, a fim de subsidiar possíveis estratégias a serem executadas em um programa de melhoramento da espécie. Foi avaliado um teste de procedências e progênies, com 118 progênies pertencentes a sete procedências, além de um clone comercial como controle. O experimento foi delineado em blocos casualizados com cinco repetições, em parcelas lineares com nove plantas. Foram mensurados os caracteres quantitativos diâmetro a altura do peito (DAP), altura, volume individual e sobrevivência (%) aos sete anos de idade. Os dados foram submetidos a análise REML/BLUP, obtendo-se estimativas das componentes de variância, parâmetros genéticos e valores genéticos preditos (BLUP). Foi estimada a distância genética das procedências e progênies a partir da distância generalizada de Mahalanobis (D²), e posterior formação de grupos heteróticos pelo método de agrupamento de Tocher e método da ligação média (UPGMA). Além disso, foi realizada a análise de componentes principais, para identificar o comportamento das procedências e progênies quanto aos caracteres de crescimento. Pelo teste LRT (p<0,01) houve efeito significativo de procedências e progênies para os caracteres avaliados, exceto para procedências quando considerado o volume individual. De modo geral a variabilidade encontrada entre procedências e progênies foi de baixa magnitude. As herdabilidades individuais no sentido restrito para os caracteres avaliados, variaram de 0,03 a 0,06, sendo a altura com a maior herdabilidade encontrada (0,06). Considerando o caráter volume, a maior divergência genética está dentro das progênies e a menor entre as procedências. Portanto, ganhos de seleção tendem a ser maiores se a seleção for feita dentro de populações e progênies. As distâncias genéticas mínima e máxima entre pares de progênies foram, D²= 0,101 e D²=5,702, respectivamente. O método de agrupamento de Tocher resultou na formação de 29 grupos divergentes entre as progênies. O método UPGMA resultou na formação dos mesmos 29 grupos, porém estes não foram totalmente correspondentes aos grupos formados pelo método de Tocher. Comparando os coeficientes de correlação cofenéticos, o agrupamento das progênies obtido pelo método de Tocher apresentou maior confiabilidade (0,89) em relação a UPGMA (0,63). O agrupamento das procedências pelo método de Tocher resultou em três grupos divergentes com CCC de 0,69, ao passo que o método UPGMA resultou em quatro grupos divergentes com CCC de 0,86, demonstrando maior confiabilidade do agrupamento. As procedências Connl. A e “Orchard” foram as mais divergentes em relação às demais avaliadas, enquanto as procedências M. Ray e Tully apresentaram a maior similaridade. A altura foi o caráter de maior importância relativa para a estimativa da distância genética, tanto para progênies (73,9%) quanto para as procedências (81,6%). A análise de componentes principais (PCA) indicou maior divergência entre as procedências Connl. A e Orchard, corroborando com o que foi encontrado pelos métodos de agrupamento. Ainda pela análise de PCA, algumas progênies (67, 15, 120) tiveram bom desempenho para BLUP de volume. Os resultados obtidos geram informações importantes para que cruzamentos entre indivíduos contrastantes entre e dentro das procedências sejam realizados, a fim de obter híbridos de E. pellita, de modo a validar os possíveis grupos heteróticos obtidos a partir da distância genética e pelos métodos de agrupamento.