Análise do controle postural e muscular do lançamento de precisão no futebol em condições de dupla-tarefa e fadiga neuromuscular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Marcelo Guimarães [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/141951
Resumo: A coordenação postura e movimento é um importante requisito para realizar tarefas diárias. Para investigar esta coordenação, dois experimentos foram conduzidos. No primeiro, a demanda cognitiva adicional associada ao controle da postura e do movimento foi estimada usando o paradigma da dupla-tarefa. No segundo, foram investigados os efeitos da fadiga muscular de membros inferiores nesta coordenação. Trinta e seis homens adultos, 20 a 30 anos, futebolistas amadores, foram voluntariamente recrutados, vinte para o primeiro e dezesseis para o segundo experimento. A tarefa consistiu em lançar uma bola até o alvo, o mais precisamente possível, com a parte interna do pé. Parâmetros biomecânicos foram analisados: centro de pressão (CP), centro de massa (CM) e atividade eletromiográfica (EMG). Os valores foram comparados por ANOVAs (p=5%). Resultados do primeiro experimento mostraram que a condição de dupla-tarefa produziu uma diminuição na performance e significante aumento no tempo de execução do movimento. Resultados dos deslocamentos do CP e CM mostraram significantes diferenças somente na direção anteroposterior (p<0,05). Análises do sinal EMG mostraram que a condição dupla-tarefa modificou o modo que os ajustamentos posturais antecipatórios (APAs) foram gerados, enfatizando que os processos cognitivo, postural e motor trabalharam dependentemente. No segundo experimento, os resultados mostraram que a eficácia do lançamento diminuiu com a fadiga. Resultados dos deslocamentos do CP e CM mostraram significantes diferenças entre condições, nas direções anteroposterior e médio-lateral (p<0,05). Análises EMG mostraram que em condição de fadiga houve um aumento da atividade dos músculos posturais, ao passo que na análise temporal EMG uma diminuição da ativação ocorreu em relação ao início do movimento. Em conclusão, os resultados de ambos os experimentos sugeriram que uma adaptação funcional resultou numa invariância global dos APAs, e independente da condição, foi aplicada, garantindo desta maneira uma performance relativamente eficaz do movimento.