Prospecção das funções biotecnológicas da crotapotina e suas subunidades em protozoários, bactérias e células de mamíferos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Laudicéia Alves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236283
Resumo: O potencial biotecnológico dos venenos de serpentes sempre foi estudado e reconhecido. Esses venenos já foram utilizados desde a produção do medicamente anti-hipertensivo mais vendido no mundo até a produção de uma cola de fibrina capaz de cicatrizar úlceras venenosas.Além disso, os venenos são excelentes para a prospecção de efeitos biológicos em diversos modelos causadores de doenças, incluindo doenças negligenciadas, como por exemplo, a leishmaniose e a malária. Estas possuem tratamentos altamente tóxicos, além de problemas de resistência dos parasitas aos medicamentos existentes. Neste contexto, as infecções bacterianas também geram enormes problemas de saúde ao redor do mundo devido à resistência aos antimicrobianos. Assim, o veneno da serpente Crotalus durissus terrificus (Cdt) possui moléculas candidatas para uso biotecnológico, entre elas a crotapotina, peptídeo não tóxico do veneno de Cdt, composta por três cadeias ligadas por sete pontes dissulfeto e já demonstrou capacidade antinociceptiva, anti-inflamatória e antibiótica. Desse modo o objetivo desse trabalho foi realizar ensaios biológicos em modelos de malária, leishmaniose e também modelos microbiológicos para Staphylococcus aureus e Escherichia coli, além de observar a citotoxidade da crotapotina, a fim de estudar a possível atividade biológica da crotapotina íntegra e suas subunidades. Para isso, foram realizados ensaios microbiológicos usando as bactérias propostas para a determinação da Concentração Inibitória Mínima da crotapotina e suas subunidades, ensaios in vitro antipromastigota contra Leishmania amazonensis e antimalária contra Plasmodium falciparum, além de ensaios de citotoxicidade da crotapotina e suas subunidades em células de hepatoma (HepG2). Nossos resultados mostraram que os peptídeos da crotapotina não são capazes de inibir o crescimento antimicrobiano em nenhum dos modelos propostos, in vitro. Por outro lado, as moléculas não interferem na viabilidade das células testadas. No entanto, os resultados demonstraram que crotapotina e suas subunidades também não possuem efeito citotóxico e lítico, além disso, não se pode descartar seus possíveis efeitos intracelulares ou mesmo seu possível comportamento de penetração celular.