Determinismo e responsabilidade moral na obra de B. F. Skinner

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Baggio, Bruno Sterza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154049
Resumo: As concepções de causa do comportamento humano estão intimamente ligadas com as práticas sociais. O determinismo é uma doutrina filosófica amplamente adotada dentro do Behaviorismo Radical e presente na obra de seu fundador, B. F. Skinner. Contudo, críticos alegam que quando o determinismo é aplicado a assuntos morais, este não permite a responsabilização do indivíduo por suas ações. Os conceitos tradicionais de liberdade esbarram na postura científica do behaviorismo, uma vez que não levam em consideração as causas do comportamento ao afirmar que o indivíduo possa deliberar livremente sobre suas ações sem dependência de eventos externos a ele. O objetivo deste trabalho é conceituar e discutir os conceitos de determinismo e responsabilidade moral na obra de Skinner. Para tanto, um percurso arqueológico guiado por um método de leitura epistemológico hermenêutico foi utilizado para investigação da obra do autor. Como objetos de estudo desse trabalho, foram selecionados os textos de Skinner posteriores à década de 50 até o final da sua produção, com a adição do livro Walden II. A análise realizada sugere uma defesa de noções deterministas na obra de Skinner que, contudo, são também ambíguas. Há afirmações passíveis de serem conciliadas com concepções de ciência indeterministas que compartilham espaço na obra do autor. Foi também identificada uma ampla rejeição ao conceito tradicional de responsabilidade individual na sua obra, sem a construção explícita de uma nova definição. Ao invés de privilegiar as teses relacionadas à liberdade, o autor demonstra como a ciência poderia participar da melhora significativa das condições de vida do homem. A análise permitiu estabelecer conexões com teses alternativas de responsabilidade de matriz pragmática. Uma definição de responsabilidade convergente com a obra atenta para o contexto em que esta é formada e a utilidade de impor contingências para o comportamento individual.