Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Martins, Milta Mariane da Mata |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192249
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Resumo: |
Esta tese se propõe a analisar, a partir da perspectiva de formadores e licenciandos, a formação inicial em licenciatura no curso de Ciências Naturais-Química, da Universidade do Estado do Pará-UEPA, bem como os limites e possibilidades no contexto dessa formação, num campus localizado na microrregião de integração do Araguaia, no sul do Pará, local onde estão inseridos os atores sociais. A pesquisa ancora-se em uma base qualitativa e entre as diferentes abordagens escolheu-se o Estudo de Caso. Como principal instrumento de coleta de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada cujos dados foram tratados à luz da análise temática de conteúdo. Os resultados oriundos desse trabalho de campo foram confrontados com os aportes suscitados na discussão através do embasamento da literatura nas teorizações do currículo e os possíveis fatores que podem estar contribuindo para as atuais políticas de currículo, além de adentrar na teoria de Pierre Bourdieu especificamente quanto ao habitus e à violência simbólica. Os resultados obtidos refletem que a estrutura curricular e as condições de funcionamento do curso ainda estão longe de serem suficientes para a formação desejada por licenciandos e formadores. Notou-se um grande desafio tendo em vista as inúmeras limitações que a universidade enfrenta na tentativa de consolidar o curso de Licenciatura em Química, apresentando fragilidades como: infraestrutura, falta de laboratórios, bibliotecas dotadas de literatura específica, a prática ativa de projetos que contemplem Ensino, Pesquisa e Extensão, descentralização dos campi do interior e, principalmente, a dificuldade em manter um corpo docente atuante e efetivo que tenha um olhar especial para a formação de professores de Química no interior do estado. Houve a necessidade de recorrermos à teoria de Bourdieu, isso porque, ao longo da análise de dados e categorização, emergidas das respostas de todos os participantes, foram observadas a existência e prevalência de habitus e violência simbólica, vinculados, assim, dos problemas apontados pelos participantes à questão sociológica, em consequência à maneira como é organizada a formação nos campi do interior. Além disso, percebe-se que o estado parece se manter “neutro” em sua responsabilidade para com o ensino superior. Por outro lado, reconhece-se a importância da presença da Universidade para atender o público do interior, levando em consideração a grandeza territorial do estado. |