Desafios, dificuldades e incertezas no trabalho do professor universitário: Estudo de caso em uma universidade pública no interior do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lalla Júnior, José Roberto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181358
Resumo: O trabalho desempenha papel de suma importância na vida do homem e no contexto da produção capitalista destacam-se condições laborais com repercussões negativas na saúde dos trabalhadores. Aliado à globalização, o contexto político neoliberal tem reestruturado o mundo do trabalho, desencadeando sérios riscos à saúde física e mental do trabalhador. Neste cenário, o trabalho de professores de universidade pública, embora seja uma atividade intelectual e, de certo modo, com alto grau de autonomia, também está sujeito às mesmas condições existentes no serviço privado e, dessa forma, são pressionados a produzirem cada vez mais, em um ambiente competitivo, sujeitos à avaliação permanente e exposição diária. O objetivo do presente estudo foi compreender como se desenvolve o trabalho dos docentes de uma universidade pública estadual e sua relação com o processo saúde-doença. Para tanto, foi realizado um estudo qualitativo, ancorado nos pressupostos da Medicina Social Latino Americana, com a participação de 12 professores da Unesp, no câmpus de Botucatu, em diferentes momentos na carreira. Para a coleta de dados, foi utilizada a entrevista semiestruturada, a partir de um roteiro previamente elaborado. A análise dos dados revelou diversos aspectos relacionados à atividade docente e resultou em três núcleos de significação: “trabalho real: ‘tem que dar conta’”, “a impossibilidade de desconexão com o trabalho” e “incertezas quanto ao futuro”. Constatou-se uma sobrecarga de trabalho, devido à diversidade de atividades sob pressão de produtividade, que compromete a vida do professor universitário, impedindo que se desconecte de suas atividades, mesmo em momentos que seriam de lazer e de descanso e que, portanto, podem gerar desgastes, sofrimentos e adoecimentos a essa classe de trabalhadores, o que se agrava no atual contexto institucional.