Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Britschgy, Letícia Fernanda Colangelo [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180285
|
Resumo: |
A economia solidária no Brasil é uma estratégia de enfrentamento da pobreza, sendo uma alternativa para os que se encontram à margem do sistema econômico vigente e que vivem em seu dia a dia numa estrutura excludente. Essa outra economia caminha na direção do fortalecimento e empoderamento dos sujeitos, promovendo, entre outras coisas, melhoria da qualidade de vida, uma cidadania plena baseada na autonomia, na democracia e na justiça social. Em Rio Claro, as ações envolvendo a economia solidária iniciaram-se na década de 1990, e desde então verificam-se períodos de queda e de aumento das práticas e experiências solidárias. Essa trajetória sempre esteve intimamente ligada aos catadores(as) de materiais recicláveis. Nos anos mais recentes e de forma sistemática houve busca de recursos por meio de editais para o fomento das ações e, nesse contexto, o município foi contemplado no edital 004/2011 da SENAES por meio do Projeto denominado de “Cooperação e desenvolvimento sustentável: a valorização do trabalho dos catadores e catadoras do município de Rio Claro – SP”, objeto este de análise desta dissertação. Esta pesquisa teve como objetivos compreender os principais conflitos e contradições no cotidiano de trabalho e vida dos catadores(as), apontar as principais ações, avanços e deficiências do Projeto 004/SENAES e analisar seus impactos procurando observar se, de algum modo, o mesmo repercutiu em um possível desenvolvimento socioespacial, tendo como base as condições de trabalho e de vida dos catadores(as). Para tanto, foi necessário realizar extensa pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, levantamento de dados secundários e coleta de dados primários por meio de entrevistas e aplicação de questionário e inúmeras visitas técnicas. Foram identificadas algumas diferenças no perfil dos catadores(as), ainda mais acentuadas entre os que estão na Cooperviva e na Associação Novo Tempo. Com o desenvolvimento do Projeto 004/SENAES verificaram-se avanços, entre eles, a identificação dos catadores(as) em Rio Claro, a distribuição de EPI, a realização de oficinas como um espaço de discussão acerca do trabalho dos catadores(as) e difusão da economia solidária e a constituição da Associação Novo Tempo, que por ter sido criada em 2016 ainda não foi capaz de eliminar algumas das fragilidades vivenciadas, como a baixa remuneração e as condições estruturais precárias para o trabalho. Por fim foi possível notar, com o Projeto, alguns avanços no desenvolvimento socioespacial, na medida em possibilitou melhoria na autonomia individual e coletiva dos beneficiários, na qualidade de vida e ganhos com relação à justiça social com a retirada dos catadores(as) do aterro sanitário e sua inclusão na nova Associação. |