Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Muylaert, Renata de Lara [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191240
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Resumo: |
Os hantavírus provocam doenças de alta letalidade e já foram alvo de diversas propostas de investigação. Com o avanço da tecnologia, da Ciência e dos movimentos Open, trabalhar com um volume massivo de dados é muito mais possível hoje do que 20 anos atrás. Há uma demanda por estudos que possam sumarizar, disponibilizar e avaliar o papel da biodiversidade em processos de difusão de doenças zoonóticas. Nesta tese, que se iniciou como um entendimento da extensão e distribuição da biodiversidade da Mata Atlântica, busquei compreender a patogeografia da hantavirose. A dinâmica da infecção por hantavirose pode depender de diversos fatores interagindo, como clima e paisagem, bem como a distribuição de populações de roedores hospedeiros. No primeiro capítulo eu apresento a iniciativa ATLANTIC que permite livre acesso a dados de biodiversidade. No segundo capítulo eu busco compreender a extensão espacial da Mata Atlântica e levantar a discussão sobre áreas para delimitação de estudos ecológicos, um aspecto essencial para se investigar patogeografia. No terceiro capítulo busco entender os fatores que melhor explicam a variação na proporção de roedores de espécies potencialmente reservatório de tipos letais de hantavírus encontrados na Mata Atlântica. Neste capítulo também exploro a ideia de hotspots de vulnerabilidade à doença em humanos. No quarto capítulo, investiguei as consequências da alteração da paisagem na incidência de hantavirose no Brasil, gerando mapas de risco a partir de dados abertos ou públicos. Os resultados aqui encontrados mostram que: a) iniciativas de open data levaram a mobilização de grandes grupos que sumarizaram mais de 100 anos de dados sobre a biodiversidade da Mata Atlântica em menos de quatro anos, beneficiando a ciência e a aplicação do conhecimento científico para medidas de conservação da biodiversidade; b) é preciso discutir amplamente a delimitação de uma área de investigação, pois dependendo do limite adotado a Mata Atlântica pode ter meio milhão de km2 a mais ou a menos. c) espécies de roedores relevantes para a hantavirose tendem a ser capturados até em amostragens de baixo esforço, em áreas de alta heterogeneidade da paisagem, tipicamente agrícolas e com níveis amenos de pluviosidade. As comunidades de hospedeiros de hantavírus patogênicos na Mata Atlântica é influenciada por distúrbios antrópicos que aumentam a diversidade de cultivos agrícolas (heterogeneidade espacial) em detrimento da redução de áreas florestais (<20% de floresta na paisagem); d) Áreas de risco foram mais relevantes em municípios do Cerrado e Mata Atlântica, e o mecanismo para isso é a maior presença de roedores reservatório, associada a uma grande população de trabalhadores rurais e monoculturas em contato com uma quantidade substancial de áreas de vegetação nativa. Ressalta-se a importância de averiguar as hipóteses de amplificação e diluição para a hantavirose nesses locais, que são alvos da expansão e intensificação agrícola, bem como medidas de controle e prevenção da doença. |