Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Martin, Andrey Minin [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/141457
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Resumo: |
Objetiva-se neste trabalho analisar o Complexo Hidrelétrico Urubupungá, localizado na região fronteiriça entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, constituído por duas hidrelétricas, a Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá) e a Usina Hidrelétrica Ilha Solteira. Planejado e executado entre as décadas de 1950 e meados da década de 1970, este empreendimento consolida-se por meio da criação da Comissão Interestadual da Bacia do Paraná-Uruguai, a CIBPU, projeto de planejamento regional articulado por sete estados nacionais, tendo como influência as experiências norte-americanas do Tennessee Valley Authority, TVA. Com o início das obras, a condução do empreendimento centraliza cada vez mais novos organismos, como as Centrais Elétricas de Urubupungá, CELUSA S/A e a partir de 1966 as Centrais Elétricas de São Paulo, CESP, atualmente denominada Companhia Energética de São Paulo. Tais transformações projetam novos interesses de determinados grupos e espaços com as potencialidades advindas da produção energética, ampliando diretamente a forma de se pensar como a constituição deste complexo atrela-se a determinados projetos políticos, econômicos e sociais para uma vasta região do país. Para tal análise, permeado por um debate teórico-metodológico entre progresso, desenvolvimento, história e memória, ligados a um corpo documental amplo, de documentos de comissões e empresas, periódicos de circulação nacional e aparatos audiovisuais, apresentamos como uma série de narrativas se engendraram na execução e no estabelecimento do empreendimento, articulando seu ideário de progresso e uma nova imagem para região, antes, durante e posteriormente a sua realização. Desta forma, interesses privados, disputas pela legitimidade, pelo poder e, assim, memórias foram gestadas ao longo deste período e marcaram a construção do complexo hidrelétrico até seu término na década de 1970, estabelecendo ligações com marcos de memória do passado e deixando desdobramentos para o futuro. |